Com o sonho bem determinado de se tornar um empreendedor, um jovem de 13 anos vai todos os dias, após a aula, vender trufas no semáforo do bairro Retiro, em Jundiaí/SP. Querendo aprender a vender e lidar com os clientes, ele faz isso porque gosta.
Mas, desde cedo, ele também aprendeu que existem clientes bons e maus. Numa noite de sexta-feira, o jovem viveu uma experiência que nunca havia passado. Quando uma cliente disse que queria comprar todas as suas trufas, ele pensou que a sorte estava do seu lado. A cliente deu uma nota de R$ 100 e levou todas as trufas que são vendidas a R$ 5 a unidade.
Feliz da vida, o jovem foi ao supermercado para comprar mais trufas e outros mantimentos para a casa, onde mora com os pais e mais 4 irmãos. Só que, quando chegou ao mercado, ele perguntou ao segurança se aquela nota era verdadeira. Foi aí que veio a dor no coração.
“Ele chegou perguntando se a nota era verdadeira. Percebi que era falsa na hora, mas fomos ao balcão confirmar e lá vimos que não tinha relevo e outros detalhes de uma verdadeira. Era uma falsificação grosseira, porém ele não conseguiria diferenciar. Ele ficou bem desapontado porque iria fazer compras no mercado. O olho encheu de lágrima ao ver que perdeu tudo e foi tão honesto que quis deixar a nota para alertarem as meninas do caixa”, disse Sandro Moraes, segurança do supermercado, ao UOL.
Segundo a mãe do menino, ele chegou em casa muito triste e chorou por ter sido vítima de uma pessoa mau caráter.
“Uma pessoa passou no semáforo e comprou toda a mercadoria dele com uma nota de R$ 100 falsa, levando 20 trufas. Ele vende cada uma a R$ 5, o que dava certinho o valor da cédula. Meu filho faz isso para comprar coisas para ele mesmo e sempre diz para mim que sonha ser empreendedor ou vendedor no futuro. Para isso, busca aprender desde cedo”, disse a mãe do menino ao UOL.
Infelizmente, nada pode ser feito para recuperar o dinheiro, mas certamente ele aprendeu a importante lição de não confiar cegamente nas pessoas e observar os detalhes antes de fazer negócio, ainda mais quando parece bom demais.