Menina Benigna
Foto: Reprodução TVM

Conheça menina Benigna, a primeira beata nascida no Ceará

Ela faleceu de forma triste e brutal, e sua história passou a ser considerada símbolo de resistência

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O ano era 1941. Uma menina de 13 anos foi brutalmente assassinada ao recusar ter relações sexuais com outro jovem. A recusa de Benigna Cardoso da Silva a tornou símbolo da Igreja Católica em Santana do Cariri, no interior do Ceará.

Com o tempo, a história da menina conquistou devotos por todo o estado e atravessou fronteiras.

Por isso, em outubro de 2022, o Vaticano vai oficializar a menina Benigna como primeira beata do Ceará e quarta mártir do Brasil.

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Quem foi a menina Benigna?

Foto: Reprodução TVM

Benigna Cardoso da Silva nasceu em 15 de outubro de 1928 no Sítio Oiti, em Santana do Cariri, no interior cearense, a cerca de 500 km de Fortaleza.

Segundo o relato de pessoas que conviveram com Benigna, ela era uma menina simples, sem vaidades, muito estudiosa e com muita fé em Deus.

“Ela se relacionava bem com todos, era gentil, muito educada, não usava de palavrões e se ocupava responsavelmente com os estudos. Nela se destacava a simplicidade e a prudência. Sua fama de santidade e martírio é justa”, conta Raimundo Alves Feitosa, de 98 anos, que conviveu com a mártir. Ele foi uma das testemunhas que deram depoimento ao Vaticano no processo de beatificação.

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A morte da menina

No dia 24 de outubro de 1941, Benigna foi assassinada por Raul Alves, com golpes de facão. Raul tinha 17 anos e costumava cortejar Benigna, mesmo ouvindo sempre as negativas da adolescente.

O acusado, então, tentou forçadamente ter relações sexuais com a menina, mas ela se recusou. Com raiva, Raul acabou assassinando a jovem.

Desde então, fiéis da igreja católica passaram a associar a resistência de Benigna com a manutenção da castidade, contra o pecado, o que tem movido as romarias em veneração à menina.

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O processo de beatificação

O processo de beatificação de Benigna começou em 2013, quando a Diocese do Crato recebeu do Vaticano o “Nihil Obstat”, ou seja, o “Nada Impede” para que se pudesse dar início à busca pelo título de beata.

Em 2019, o Papa Francisco reconheceu a história de Benigna para que ela se tornasse a primeira beata cearense e a quarta mártir do Brasil. A beatificação faz parte do processo para tornar Benigna uma santa para a Igreja Católica, faltando a canonização.

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Fonte: G1

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