O melasma é uma mancha escurecida que aparece na pele sem causa aparente, que pode melhorar ou piorar conforme o tratamento, mas que não tem cura. Elas costumam aparecer principalmente em mulheres acima dos 30 anos, mas isso não significa que homens também não sejam afetados.
São encontradas principalmente na testa, maçãs do rosto e queixo, e com menos frequência nos braços, pescoço e colo.
Tipos de melasma
Os primeiros sintomas já são as manchas em si. Elas não coçam e nem ardem. Têm formatos irregulares e bem definidos, sendo geralmente simétricas nos dois lados do rosto. Seus tipos dizem respeito à camada em que as manchas se instalam e são igualmente difíceis de tratar:
- Epidérmico: caracteriza-se pelo acúmulo de melanina na camada superior da pele, a epiderme, sendo o que mais aparece;
- Dérmico: abaixo da epiderme está a derme, local onde se alojam vasos, rede nervosa e afins;
- Misto: como o próprio nome já diz, as manchas ficam nas duas camadas da pele.
Causas
Ainda não se sabe ao certo o que causa o acúmulo da melanina nessas regiões da pele. O que é consenso entre os especialistas é que à exposição aos raios solares estimula a atuação dos melanócitos, que são as células que produzem melanina, que dá cor à pele, e da melanose – que é o acúmulo da melanina nos tecidos.
Fora a exposição ao sol sem o uso de protetor solar diariamente, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB) alguns fatores são considerados de risco para o aparecimento dos melasmas:
- Uso de anticoncepcional feminino;
- Gravidez, principalmente pela oscilação de hormônios;
- Fatores genéticos;
- Disfunção na tireoide;
- Uso de cosméticos ou medicamentos para hipertensão e epilepsia.
Quando e qual médico consultar
Para fazer o acompanhamento e tratamento do melasma, você deve consultar um dermatologista de confiança, preferencialmente especialista na área.
Faça isso assim que perceber as alterações na pele, iniciando o tratamento o mais rápido possível. O uso do protetor solar é independente da consulta. Comece a usar um adequado para a sua pele o quanto antes.
Como tratar
Infelizmente, não há cura para o melasma, mas há alguns tratamentos criados com a intenção de suavizar as manchas. A SDB explica que o tratamento para o melasma “sempre prevê um conjunto de medidas para clarear, estabilizar e impedir que o pigmento volte”.
É importante lembrar que deve-se evitar ao máximo tratamentos caseiros com limão, bicarbonato de sódio ou qualquer ingrediente que não seja recomendado por um especialista.
1. Cremes clareadores
Os mais indicados são os cremes à base de hidroquinona, ácido glicólico, ácido azeláico e ácido retinóico. Esse método não funciona para todos os pacientes e pode levar cerca de dois meses para começar a apresentar resultados.
Ainda que ele apresente resultados menos demorados, especialistas dizem que é preciso ter tempo para estabilizar as manchas e impedir que mínimas exposições solares causem a regressão de todas as melhoras.
2. Peeling
Pode clarear a pele de forma gradual e é essencial que um dermatologista indique o tipo de procedimento mais adequado para o tipo de mancha. O peeling pode agir até mais rapidamente do que os cremes. Alguns são mais superficiais e outros, mais profundos.
3. Proteção solar
Um protetor solar com proteção UVA e UVB é fundamental para que não apareçam novas manchas, inclusive se estiver em ambiente fechado.
Escolha algum que seja adequado ao grau de oleosidade da sua pele, com alto fator de proteção solar e utilize-o diariamente, repondo periodicamente, de acordo com as recomendações do seu dermatologista.
4. Laser e luz intensa pulsada
Existem também os tratamentos a laser, que alcançam a derme e pode apresentar melhoras significativas. Segundo a SDB, esse tratamento deve ser feito com cuidado para não gerar mais pigmentação, então é fundamental que seja feito por um profissional especializado na área.
Assista ao vídeo e saiba o que não fazer em caso de melasma: