Parecia um acidente. A criança tinha escorregado na rampa e ficado inconsciente na garagem, o que gerou a hipotermia – ao menos foi isso que o pai disse. Porém, agora o pai é acusado por matar filho de 8 anos, colocando-o de castigo para dormir em temperaturas abaixo de 0ºC. Conheça esse caso que está chocando o mundo.
Pai é acusado de matar filho de 8 anos em castigo
A polícia discorda da versão do pai, que explica que o filho escorregou e ficou inconsciente no frio. Para a polícia de Nova York, o filho ficou de castigo por horas, em uma temperatura abaixo de 0ºC.
Porém, como os investigadores suspeitam disso? A perícia realizada aponta que os ferimentos do garoto não consistiam com os horários do relato do pai. Além dos vídeos das câmeras da casa, gravados duas noites antes, que revelavam Thomas e um irmão de castigo na garagem, sem nem sequer cobertores.
Assim, a polícia chega à ideia de que o filho foi submetido a uma temperatura de -7°C na garagem, sem nenhum sistema de aquecimento, passando a noite de castigo lá. Consequentemente, ele faleceu com hipotermia, tendo a temperatura corporal de absurdos 22 graus, ao invés dos usuais 37 graus.
Por isso, houve uma prisão preventiva do pai Michael Valva, um policial da cidade e da madrasta, Poliana. A investigação ainda está em andamento, com a procura dos abusos realizados também com as outras crianças: mais dois filhos (de 6 a 10 anos) de Michael e uma filha de 6 anos e gêmeas de 11 com Poliana.
Castigo vale a pena?
Isso acaba levando ao seguinte debate na comunidade: até que ponto o castigo é útil? Afinal, a criança não pode ser mimada, mas se deve prezar pela integridade física e psicológica de seus filhos.
Para o falecido psicólogo americano Skinner, a punição é ineficaz e gera subprodutos emocionais lamentáveis. Isso não significa que ele deseja que sua criança seja mimada, mas que se saiba quando incentivar um comportamento e quando restringir determinadas atitudes, para que haja uma alteração do comportamento.
Essa restrição pode ser feita a partir de castigos leves que não firam a integridade da criança, mas que a faça mudar de atitude. Assim, você pode optar por remover o celular e a televisão por 1 mês, fazendo com que ela não repita o mesmo comportamento da próxima vez, para evitar a remoção do item que ela gosta. Faça isso apenas com itens supérfluos que a criança goste.
E o tapinha?
Punições físicas não surtem efeito, pois ela apenas não repetirá a atitude em sua frente, o que não resolve o problema. Além disso, irão ser gerados diversos subprodutos emocionais a longo prazo, como os muitos adultos que dizem que essas surras foram o que formaram sua personalidade – e é verdade, mas não a melhor parte dela!
Afinal, o máximo que essas punições podem ter gerado são traumas dos quais esse adulto provavelmente não têm consciência, com a replicação de atitudes infantis narcisistas e problemas com a auto-estima. Por isso, é mais eficaz e saudável optar pelo exemplo do celular ou similares, leves e eficazes.
Por fim, não incentive comportamentos como birras em supermercado, sendo uma boa alternativa ignorar o escândalo da criança e até mesmo remover um doce gostoso do carrinho, dizendo que foi a birra que motivou essa remoção. Incentive comportamentos saudáveis da criança, para que ela os faça mais vezes e não incentive as birras e provocações.
Educar não é uma ciência exata, é baseada muitas vezes em tentativa e erro. Porém, o mais importante é lembrar que a criança é também um ser humano e, como tal, merece ser respeitada. Então, com muito amor, persistência e firmeza, se pode resolver os desvios de comportamento, sem chegar a extremos como os desse “pai”. E você, o que acha disso?