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Marido decide vender casa para pagar tratamento de câncer da esposa

Eles são de Feira de Santana, na Bahia. O tratamento da mulher, que sofre de câncer no fígado, custa mais de 8 mil reais

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A história comoveu e, ao mesmo tempo, causou um sentimento angustiante de revolta a impotência.

Cledson Nunes, aposentado, decidiu colocar seu único bem, uma casa humilde, a venda. Só que ele decidiu vender a casa para pagar o tratamento de câncer no fígado para a esposa, Dona Lêda Santana.

Lêda foi diagnosticada com essa terrível doença há, aproximadamente, dois anos. O remédio utilizado por ela para combater a doença chama-se Sorafenibe. Ele inibe o desenvolvimento da doença pelo corpo. O problema é que uma cartela do remédio, que dura aproximadamente 1 mês, custa 8 mil reiais.

Com tantas preocupações com a saúde da esposa e a falta de dinheiro para pagar o tratamento, Cledson se vê, muitas vezes, desesperado. “Tem dia que eu não durmo”, conta ele. “Choro o dia todo. É muita dor”.

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Por que a rede pública não custeia o tratamento?

De acordo com o órgão responsável, Núcleo Regional de Saúde de Feira de Santana, medicamentos destinados ao controle do câncer não são disponibilizados pela rede pública e só podem ser obtidos através do governo por ordem de um juiz. Cledson já tomou as medidas necessárias para conseguir que o governo custeie o tratamento da esposa, mas ainda não obteve resposta. Quem tem uma doença como esta, não pode esperar a boa vontade do governo. E, dado esse descaso, Cledson decidiu anunciar a casa para venda.

A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia enviou uma nota e disse que a ação de Cledson foi negada. O motivo para essa decisão não foi informado.

Se Lêda não seguir o tratamento com o medicamento, o câncer pode evoluir até não ter mais como curar ou mesmo controlar.

Cledson diz que faz qualquer coisa para que a mulher tenha acesso ao medicamento. “Por ela eu durmo debaixo da ponte”, diz o aposentado, emocionado.

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O casal vive com a renda da aposentadoria por invalidez de Cledson, que soma 1 mil reais. Desse valor, metade é para pagar o tratamento de Lêda e a outra metade é para as contas de alimentação e moradia.

O coordenador do núcleo de saúde, Edy Gomes, explica que esse medicamento não é mantido pelo governo devido ao preço elevado. Por isso, os pacientes que precisam dele devem entrar com uma medida especial para consegui-lo.

É justo?

Muito emocionados com a história, diversas pessoas se mobilizaram para ajudar o casal.

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O que mais revoltou os leitores da história foi: como é justo que, em um país onde políticos ganhem milhões, um aposentado tenha que vender a única casa que tem para custear um tratamento de saúde? E os impostos pagos? Para onde foram?

O que acha dessa história?

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