Recentemente, a Organic Consumers Association – a OCA – processou a empresa The Honest Company, co-fundada em 2012 pela atriz Jessica Alba, argumentando que 11 dos seus 40 produtos orgânicos para a alimentação infantil contêm substâncias sintéticas, que não são permitidas em produtos que se dizem orgânicos. Alguns dos outros ingredientes que não são permitidos são o ascorbyl palmiate, o choline bitrate, o betacaroteno sintético, o biotin, o dl-alpha tocopherol, o inositol e o phytonadione.
De acordo com o processo instaurado pela OCA, esses 11 ingredientes não estão incluídos na lista governamental de substâncias orgânicas permitidas e violam o California Organic State Act de 2003. A mesma organização também diz que esses ingredientes nunca foram testados para o consumo na alimentação humana e em alguns estados são considerados como substâncias perigosas.
A The Honest Company rejeita as acusações, argumentando que nenhuma das substancias foi proibida pela FDA – Food and Drug Admnistration, que os seus produtos seguem todas as normas nutricionais e de segurança e que foram certificados como produtos orgânicos pelas entidades competentes.
No entanto, vale a pena referir que a FDA só aprova essas fórmulas quando elas estão no mercado. Nenhuma agência tem a responsabilidade de investigar os produtos antes de eles serem comercializados. É verdade que a FDA inspeciona os produtores de fórmulas para bebês, mas apenas quando existe algum motivo para isso.
A The Honest Company se tornou em uma empresa de sucesso que vale 1.7 bilhões de dólares, vendendo uma grande variedade de produtos verdes. No entanto, essa não é a primeira vez que essa empresa foi processada. Dois outros processos puseram em causa a utilização de produtos sintéticos e tóxicos em produtos de limpeza, sabões e fraldas, e um protetor solar ineficiente. Recentemente, o Wall Street Journal anunciou que um detergente para a roupa, dessa empresa, continha sulfato de sódio, um químico que a empresa dizia não utilizar.
A OCA processou também outras marcas como a Hain Celestial Group, cujas fórmulas para bebês incluíam substâncias não aprovadas pelas agências federais.
Não se deixe enganar. A melhor alimentação para o seu bebê é o leite materno. No entanto, existem crianças que têm necessidades específicas. Nesses casos, é necessária uma alternativa credível. Em todo o caso, as fórmulas alimentares não são de todo a melhor opção, pois lhes faltam substâncias chave para o crescimento da criança. Essas fórmulas contêm açúcares, lactose e óleos vegetais refinados, que são desaconselhados. Contêm níveis elevados de calorias e duas vezes mais proteínas do que o leite materno.
Ao utilizar fórmulas alimentares, você se deve preocupar também com a qualidade da água com que faz a mistura. Em algumas regiões, a água canalizada apresenta níveis elevados de contaminação, causados por pesticidas, metais pesados, entre outros. Nunca utilize água rica em flúor e nunca alimente o seu bebê com fórmulas à base de soja, pois elas têm elevados níveis de manganês e estrogênio.
O leite materno é a melhor opção. Ele contém centenas de substâncias que não podem ser recriadas e fornece ao bebê uma alimentação personalizada. Embora ele contenha açúcares, eles são totalmente naturais e orgânicos, sendo fáceis de absorver. O leite materno dota o bebê de anticorpos e de células saudáveis, que povoam o seu intestino, facilitando a digestão.
A amamentação natural favorece igualmente a mãe, pois ajuda a que ela perca aqueles quilos que acumulou durante a gravidez e a evitar problemas cardiovasculares.
Está comprovado que, uma alimentação saudável desde os primeiros dias de um bebê, vai contribuir para que ele evite diversos problemas ao longo de toda a sua vida. No caso de não poder amamentar, evite as fórmulas comerciais e consulte um pediatra ou nutricionista. Peça ao médico que lhe recomende uma receita para que, em casa, você crie a sua própria formula alimentar. Dê sempre o melhor aos mais pequenos.