No dia 25 de agosto Douglas Gomes da Silva, de 25 anos, foi preso por ser suspeito de dois assaltos em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo. Desde então, a mãe dele não come e não dorme tentando provar à polícia que eles pegaram a pessoa errada.
Uma das provas que a família tem para inocentar o jovem é a câmera de segurança da rua onde eles moram. Como mostram as imagens, às 20h18 daquele dia Douglas abre o portão e entra em casa, depois de um dia de trabalho.
Então, 16 minutos depois, a mesma câmera flagra dois suspeitos fugindo depois de roubar o carro de um motorista de aplicativo. A Polícia Militar foi acionada. Logo em seguida, às 20h45, Douglas sai de casa e é detido pelos policiais.
“É agoniante. não tenho notícias dele, não se como ele está. Estou com meu coração destruído, estou à base de chá. Não como, não durmo”, disse Ana Cristina, mãe de Douglas.
Quando Douglas chegou na delegacia, a situação piorou. Lá estava o motorista que foi roubado, e reconheceu Douglas como sendo um dos assaltantes. Ele então forneceu o número do telefone usado pelos verdadeiros assaltantes para solicitar a corrida. A polícia verificou que o número era de um celular era roubado, e isso fez com que Douglas fosse acusado de mais um crime, de roubo do celular.
Por outro lado, a vítima que teve o celular roubado também deu depoimento e não reconheceu Douglas como o assaltante, o que é mais uma prova a favor do jovem. Mesmo assim, a agonia da família continua por conta da injustiça que estão passando.
“Ele trabalha desde os 12 anos, feirante, ajudante geral, qualquer coisa que chamasse ele. Sempre foi um menino trabalhador, nunca pegou um centavo de ninguém”, relatou a mãe.
Douglas nunca esteve em uma delegacia. Quando as câmeras registraram ele chegando em casa naquela noite, estava vindo do trabalho como operador de máquina em uma fábrica de tecidos, na qual trabalha há 2 anos.