Uma mãe de gêmeos com paralisia cerebral está em uma campanha emocionante: ela tenta arrecadar £ 97 mil, o que equivale a cerca de R$ 500 mil. Nicola não quer fazer os filhos esperarem pelo serviço público de saúde e está apelando para a solidariedade das pessoas para conseguir um tratamento no sistema privado.
Entenda a história
Nicola Johnston, a mãe de Matthew e Lucy, diz que seus bebês não serão colocados na lista de espera do serviço de saúde até que tenham três anos e possam, então, enfrentar uma espera de seis anos.
Ao ser informada com esta notícia, Nicola, que tem 42 anos, diz que está determinada a arrecadar o dinheiro para pagar por uma cirurgia particular para dar às crianças uma chance de caminhar antes de começar a escola.
A cirurgia que as crianças têm de fazer se resume em cortar os nervos da coluna, para soltar os músculos rígidos. No Reino Unido, esse tipo de cirurgia custa em torno de £ 48.500 por criança. Nicola e seu marido, David, de 41 anos, disseram que vão fazer tudo o que puderem para dar às crianças uma vida normal.
A página de doação está atualmente com cerca de metade da meta atingida.
O diagnóstico
Lucy foi diagnosticada com paralisia cerebral causada por uma condição chamada leucomalácia periventricular (LPV), que é uma lesão cerebral causada no nascimento. O diagnóstico foi realizado quando a menina tinha apenas 14 meses de idade. Seus pais notaram que poderia haver algo errado, pois ela parecia estar se desenvolvendo mais lentamente do que seu irmão, Matthew.
Quando os médicos examinaram Matthew, descobriram que ele tinha diplegia espástica, uma forma de paralisia cerebral que fazia com que suas pernas ficassem rígidas e fracas demais para que ele ficasse de pé.
Lucy é a gêmea que tem a condição mais difícil. Ela não consegue mover as pernas corretamente, se esforça para sentar-se sozinha e não pode reagir rápido o suficiente para não cair. Os médicos acreditam que uma cirurgia especializada chamada rizotomia dorsal seletiva permitirá que Matthew se mova por conta própria. A mesma cirurgia poderia ajudar sua irmã também.
A mãe disse que seus gêmeos só podem se juntar à lista de espera do sistema de saúde pública do Reino Unido (NHS) quando completarem três anos de idade e, mesmo assim, poderiam esperar mais seis anos até que possam receber a cirurgia.
“A lista de espera é tão longa que está cortando nove anos da vida dos meus filhos. As crianças aprendem muito mesmo em um ano”, disse Nicola. O NHS contesta a alegação de Nicola a respeito de uma lista de espera de seis anos, dizendo que a espera atual é de 14 meses.
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