Quando estava com apenas 16 semanas de gestação, Ellie Whittaker foi diagnosticada com Linfoma de Hodgkin, uma forma de câncer que se desenvolve nos linfonodos do sistema linfático. Quando descobriu a doença, já estava no estágio dois, e o tratamento deveria começar imediatamente.
Antes de os médicos descobrirem o câncer, Ellie recebeu um diagnóstico de amigdalite. Ela tinha sentido um caroço no pescoço e procurou um médico. “Eu estava tão cansada e tendo muitas infecções, pensei que fosse devido ao estresse, pois recentemente perdi meu avô“.
Mas, mesmo com o tratamento para amigdalite, os sintomas foram piorando. Então, Ellie voltou ao médico e fez novos exames que detectaram o tumor, em outubro de 2019.
Ao mesmo tempo em que precisou lidar com a notícia, Ellie teve que tomar uma decisão difícil que envolveria a saúde da sua bebê. O tratamento do câncer exigiria sessões de quimioterapia, e ela sabia que poderia prejudicar a gestação.
Então, como qualquer boa mãe, Ellie colocou a vida da filha em primeiro lugar e decidiu adiar o tratamento até o nascimento da bebê.
“Parei de pensar no câncer e me concentrei em minha filha, mal podia esperar para ser mãe. Não me arrependo de minha decisão e faria a mesma coisa novamente“, conta.
Só o que ela poderia fazer durante os próximos meses era torcer para que sua doença não evoluísse e que sua filha continuasse se desenvolvendo bem para nascer forte e saudável.
Antes de tomar a decisão, Ellie recebeu a orientação de fazer um aborto, pois sua saúde estava realmente em risco e o tratamento não poderia esperar. Mas a jovem mãe não deu ouvidos aos médicos.
“Não havia nenhuma chance neste planeta de eu abortar meu bebê“, disse Ellie. Ela já tinha sofrido um aborto espontâneo e não queria perder mais uma gestação.
Os meses passaram e a pequena Connie nasceu em março de 2020, com 37 semanas de gestação. Nesse tempo, o câncer de Ellie evoluiu para o estágio 3, mas agora com a filha nos braços ela se sentiu forte para dar início ao tratamento.
Depois de apenas 4 sessões, os médicos já notaram uma diminuição do caroço. O tratamento continuou até completar 12 sessões, e finalmente, no mês de setembro, Ellie foi considerada curada.