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Lúpus: o que é, tipos e tratamento

A doença atinge principalmente mulheres de 15 a 50 anos, mas ainda não se sabe exatamente o por quê

Crédito: Freepik

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Lúpus é uma doença autoimune e crônica, que faz o sistema imunológico produzir anticorpos em excesso, e, assim, eles começam a atacar outros sistemas do organismo, causando inflamações e lesões. Os órgãos mais atingidos são pulmões, a pele, os rins e também acomete as articulações. Em alguns casos, pode atingir coração e cérebro.

Um dos casos mais conhecidos no Brasil é o da apresentadora Astrid Fontenelle. Diagnosticada em 2012, até hoje ela luta contra a doença, falando abertamente sobre o assunto e dando apoio a outras pessoas que passam pela mesma batalha.

Tipos de lúpus

Estima-se que, no Brasil, uma em cada 1.700 mulheres sejam afetadas pela doença. Ela pode ser divididas em quatro tipos.

Discoide

Esse tipo da doença é caracterizado pelas lesões apenas na pele. Surgem manchas avermelhadas, geralmente no rosto, na nuca e no couro cabeludo.

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Sistêmico

Mais grave, nesse tipo a inflamação afeta órgãos internos, além da pele. O tipo discóide pode evoluir para o tipo sistêmico. Os sintomas variam conforme o órgão afetado.

Neonatal

Esse tipo afeta os bebês recém-nascidos de mães portadoras da doença. Em muitos casos, o bebê apresenta alguns sintomas, como erupções cutâneas, baixa contagem de plaquetas ou problema de fígado. Depois de alguns meses, com os cuidados necessários, os sintomas desaparecem.

Também há casos em que os bebês nascem com um grave defeito no coração. Nesses casos, deve-de identificar o problema o quanto antes para que o bebê seja tratado mesmo antes de nascer. Existem testes para essa identificação.

Induzido por drogas

Esse não é bem um tipo, mas é um problema que ocorre quando ingerem-se determinados medicamentos que causam efeitos colaterais. Os efeitos são idênticos aos do tipo sistêmico, mas somem ao interromper o uso do medicamento.

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Sintomas mais frequentes

Crédito: Sapo

Por apresentar diferentes sintomas e manifestações em cada pessoa, não é tão simples diagnosticar a doença. Ela pode atingir um ou mais órgãos e começa a se manifestar através desses sintomas.

Alterações hormonais

Os sintomas que irão indicar as alterações hormonais causadas pela doença são o cansaço excessivo, perda de peso repentina e febre ocasional.

Rigidez nas articulações

Depois, pode se manifestar através de dores e rigidez nas articulações. Não necessariamente sendo contínuas; podem dar uma pausa ou mesmo mudarem de lugar.

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Manchas no rosto

Outra manifestação que aparece em 80% dos pacientes com lúpus são manchas avermelhadas nas bochechas, com formato que lembram asas de borboleta. Essas lesões costumam piorar quando expostas ao sol.

Sensibilidade ao sol

O sol começa a atrapalhar mais a vida da pessoa, pois além de irritar a pele, pode gerar sua hipersensibilidade aos raios UV.

Reações imunológicas

Mais um conjunto que se manifesta, não necessariamente ao mesmo tempo. Pode aumentar a queda de cabelo, aparecerem feridas na boca e inchaço com vermelhidão em volta das unhas.

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Disfunção renal

Quando afeta os rins, dificulta a absorção de proteínas e a pessoa pode apresentar inchaço no rosto e nas pernas.

Problemas neurológicos

Os problemas neurológicos também devem ser observados como possíveis sintomas mais avançados de lúpus, através de fortes dores de cabeça, transtornos psiquiátricos, convulsões, hiperatividade ou depressão.

Causas

Apesar de ainda não haver cura, muitos estudos acreditam que a doença possa ser de causa genética. Além disso, pelo fato de acometer, em sua maioria, mulheres entre 15 e 50 anos, estuda-se a ligação entre a doença e o hormônio feminino estrogênio, produzido em maior quantidade na fase fértil da mulher.

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Tratamento

Crédito: Freepik

A doença é muito ampla, portanto, é preciso uma investigação médica detalhada antes que se chegue ao diagnóstico e tratamento. O paciente pode apresentar melhora depois de algum tempo e parar o tratamento, mas deve ficar atento caso volte.

O tratamento é feito com base nos sintomas e exames de cada paciente, de forma individual. Assim, o paciente também é orientado a evitar os possíveis gatilhos que trazem os sintomas à tona, como sol, estresse ou medicamentos.

Quando o médico receita medicamentos, podem ser anti-inflamatórios não esteroides, corticoide tópico para pequenas lesões, além do protetor solar, sempre. Mesmo em dias nublados.

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A doença é contagiosa?

Lúpus não é contagioso. Qualquer pessoa que perceba os sintomas, deve avaliar outras possíveis causas, pois a doença não passa de uma pessoa para outra. Sendo assim, também não precisa ter medo de conviver com alguém que tenha a doença.

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