Limites do uso de celular para crianças
Crédito: Freepik

Limites do uso de celular para crianças: por que tomar esse cuidado?

Ter contato com as tecnologias desde cedo é ótimo, mas precisa haver controle por parte dos pais e responsáveis

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Hoje em dia é quase impossível impedir que as crianças usem o celular (ou tablet, laptop). Por um lado é ótimo que elas tenham contato com as tecnologias desde cedo, pois o futuro é digital. Mas é preciso impor limites do uso de celular para crianças, antes que elas se esqueçam que têm uma vida real para viver de forma presencial, não virtual.

Quais são os limites do uso de celular para crianças

A pandemia incentivou ainda mais o uso de celulares e tablets pelas crianças, já que precisaram passar mais tempo em casa e, às vezes, sem poderem interagir com os pais devido ao trabalho.

Então, pra ajudar os pais a não perderem o controle dos filhos no tempo em frente às telas, a Organização Mundial de Saúde lançou um manual com recomendações sobre o tempo máximo em que crianças podem ficar em frente às telas de dispositivos eletrônicos.

Complementando essa informação, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) também divulgou suas orientações sobre limites do uso de celular para crianças e adolescentes, junto com outros cuidados que os pais e responsáveis devem ter:

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  • Evitar a exposição de crianças menores de dois anos às telas, mesmo que passivamente;
  • Limitar o tempo de telas ao máximo de uma hora por dia, sempre com supervisão para crianças com idades entre dois e cinco anos;
  • Limitar o tempo de telas ao máximo de uma ou duas horas por dia, sempre com supervisão para crianças com idades entre seis e dez anos;
  • Limitar o tempo de telas e jogos de videogames a duas ou três horas por dia, sempre com supervisão; nunca “virar a noite” jogando, para adolescentes com idades entre 11 e 18 anos;
  • Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar uma a duas horas antes de dormir;
  • Oferecer como alternativas: atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza, sempre com supervisão responsável;
  • Criar regras saudáveis para o uso de equipamentos e aplicativos digitais, além das regras de segurança, senhas e filtros apropriados para toda família, incluindo momentos de desconexão e mais convivência familiar;
  • Encontros com desconhecidos on-line ou off-line devem ser evitados; saber com quem e onde seu filho está, e o que está jogando ou sobre conteúdos de risco transmitidos (mensagens, vídeos ou webcam), é responsabilidade legal dos pais/cuidadores;
  • Conteúdos ou vídeos com teor de violência, abusos, exploração sexual, nudez, pornografia ou produções inadequadas e danosas ao desenvolvimento cerebral e mental de crianças e adolescentes, postados por cyber criminosos, devem ser denunciados e retirados pelas empresas de entretenimento ou publicidade responsáveis.

Veja também: Atitudes para o controle da internet dos filhos na prática

Quais os problemas que o excesso de celular e internet pode causar nas crianças?

Muito bem, você já recebeu as orientações sobre como controlar o uso de celular e o tempo na internet dos seus filhos. Mas, por que é importante tomar esses cuidados?

Também de acordo com os médicos da SBP, é importante ter esse controle por diferentes motivos. O primeiro é o uso descontrolado das telas trará impacto no comportamento e estilo de vida até a fase adulta. Mas os efeitos começam ainda na infância, podendo a criança ou adolescente desenvolver:

  • Aumento da violência, abusos e fatalidades;
  • Comportamentos autolesivos, indução e riscos de suicídio;
  • Dependência digital e uso problemático das mídias interativas;
  • Problemas auditivos e PAIR, perda auditiva induzida pelo ruído;
  • Problemas de saúde mental: irritabilidade, ansiedade e depressão;
  • Problemas visuais, miopia e síndrome visual do computador;
  • Riscos da sexualidade, nudez, sexting, sextorsão, abuso sexual, estupro virtual;
  • Sedentarismo e falta da prática de exercícios;
  • Transtornos da imagem corporal e da autoestima;
  • Transtornos de alimentação: sobrepeso/obesidade e anorexia/bulimia;
  • Transtornos do déficit de atenção e hiperatividade;
  • Transtornos do sono;
  • Transtornos posturais e musculoesqueléticos.

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