Lições que a palmada ensina
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4 Lições que a palmada ensina: opostas ao que você está pensando!

Palmada é violência ou corretivo inofensivo? Abra sua mente para refletir sobre o assunto

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Antigamente as famosas palmadas eram uma das principais “estratégias educacionais” para corrigir as crianças. Acreditando que esse era um corretivo normal e aceitável, muitos pais de hoje em dia continuam com o hábito de dar palmadas em seus filhos, pois foi assim que foram ensinados. Mas o que realmente a palmada ensina para as crianças?

1. A violência naturalizada

O que mais tem na internet, quando o assunto é palmada e educação dos filhos, são adultos dizendo que levaram umas palmadas e não morreram, ou que às vezes só umas palmadas resolvem. Essa é a naturalização da violência na educação.

Mesmo quando não são para deixar marcas físicas, as palmadas são sim uma violência que deixa marcas emocionais. Esses pais que acreditam ter se tornado adultos melhores e mais dignos porque apanharam na infância, não têm ideia de como é não apanhar, tendo respeito e admiração pelos pais, ao invés da obediência por medo.

Eles não se dão conta que as palmadas contribuíram para o desenvolvimento de “instintos de violência” que eles têm até hoje, reagindo de forma física ou verbalmente agressiva quando se sentem confrontados nas mais diversas situações.

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Não percebem que a intimidação das palmadas os impediu de desenvolver muitas habilidades que requerem encorajamento, respeito e confiança entre pais e filhos, sem qualquer necessidade de violência.

2. Em uma discussão, o mais forte ganha

Outra lição que a palmada ensina é que, quando se está discutindo com alguém ou confrontando alguém, não é a capacidade de argumentação e o respeito pela ideia do outro que valem, e sim, a força.

Ou seja, uma criança pequena nunca será mais forte que seu intimidador adulto, que pega ela pelo braço, dá umas palmadas e cria, naquele momento, uma memória de submissão, revolta, dor e desrespeito.

3. A violência é aceitável para resolver as coisas

Esses pais que dizem que, às vezes, só umas palmadas resolvem e colocam os filhos no lugar, acreditam nisso porque só conheceram essa realidade quando estavam sendo educados.

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De fato, umas palmadas aquieta a criança, mas não porque ela entendeu o que não podia fazer e respeitou as regras, mas sim, porque quando a violência começa, é melhor ela parar ou vai ser pior.

Isso torna, na mente da criança e ao longo de sua vida, a violência como uma forma aceitável de resolver as coisas.

4. A mesma mão que oferece amor também oferece dor

De onde você acha que vêm tantos relacionamentos tóxicos e abusivos? Desse fato. A mesma mão que acaricia seu rosto, lhe dá um tapa dizendo que você fez por merecer, mas que foi por amor.

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É assim que muitos meninos aprendem que podem bater em suas namoradas quando elas “desobedecem” o que eles consideram um “comportamento aceitável” por parte delas. É assim que muitas mulheres aprendem que “ele me bate, mas me ama, é normal”.

O que fazer no lugar das palmadas?

Já deu para entender que palmada é violência, sim. Se você se sentir pronto, é um bom momento para refletir que, você pode não ter morrido, mas com certeza teria preferido um diálogo tranquilo e inteligente ao invés de uma surra.

Quando você toma essa consciência de que não é preciso dar palmadas, puxão de orelha, levantar pelo braço, ameaçar de forma agressiva e colocar de castigo no quarto escuro, você consegue evoluir seu entendimento de educação para a vida.

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Mas, se ainda tem dúvidas sobre o que fazer para criar um filho com inteligência emocional, autoestima elevada, bom caráter, empatia e dignidade, veja essas sugestões de artigos que vão abrir ainda mais sua mente e estreitar os laços de amor e respeito com seu filho:

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