Menu

Hospital de SP é multado por realizar laqueadura em mulher grávida

Dez anos depois o Hospital é condenado a pagar uma indenização por ter obstruído as trompas de uma mulher grávida

Crédito: Pixabay

Publicidade

Conheça o caso de Michele Maria da Silva, que não queria ter filhos e decidiu realizar uma laqueadura. Porém, dez anos depois o Hospital teve que lhe pagar uma indenização por ter feito, na época, uma laqueadura em mulher grávida. Isso mesmo, ela estava grávida!

A laqueadura é um método de contracepção definitiva, realizada através de uma cirurgia que obstrui as trompas. Assim, ela impossibilita que ocorra a fecundação. A grande maioria de mulheres que opta por esse método já tiveram filhos, e não desejam ter mais. Enquanto uma pequena parcela é de mulheres que não desejam ter filhos.

Casal descobre gravidez apenas 19 dias antes do nascimento

Como assim laqueadura em mulher grávida?

O Hospital Rede D’Or São Luiz, localizado na cidade de São Paulo, foi condenado a pagar uma multa de R$ 10 mil por danos morais à Michele Maria da Silva, em razão de ter realizado a laqueadura na paciente, que na altura estava grávida (10 anos atrás). O Hospital ainda pode recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Crédito: Pixabay

Quando Michele marcou a sua laqueadura, seus exames estavam todos em ordem e ela estava apta ao procedimento. Mas o seu médico remarcou o procedimento antes de realizá-lo. Quando finalmente chegou o dia de sua laqueadura, um mês depois, Michele estava com a sua menstruação atrasada e avisou o médico.

Publicidade

Neste momento, ela conta que o médico riu e disse em tom de deboche que só faltava ela estar grávida, e prosseguiu com o procedimento.

Após completar um mês que havia feito o procedimento, Michele descobriu que estava grávida de 13 semanas. Contudo, essa não era a pior notícia. A sua gravidez era de risco em consequência da laqueadura.

O que aconteceu com o bebê desaparecido do hospital em Recife

O que aconteceu a seguir

Michele teve de passar 20 dias internada no hospital, sendo 4 deles na Unidade de Terapia Intensiva. Durante a gravidez, chegou a procurar o médico que realizou o procedimento, mas o próprio se recusou a atendê-la.

Publicidade

Outros médicos obstetras também não queriam atendê-la. Isso porque não queriam ter que se responsabilizar por problemas durante a gestação.

Depois de uma gravidez turbulenta, Michele deu a luz a um menino que nasceu com uma fenda palatina. Essa é uma fissura nos lábios e céu da boca.

Médicos acreditam que a causa para a condição do menino se deve a laqueadura de Michele. Pois ela recebeu anestesia geral e tomou remédios pós-operatórios que são proibidos para grávidas.

Publicidade

Sono dos pais só volta ao normal depois que o bebê completa 6 anos

Qual foi o desfecho dessa história

Com todos os riscos e consequências que Michele sofreu durante a gravidez, ela entrou com um processo contra o médico e o hospital. Para a advogada de Michele, Melissa Yumi Baraldi e a desembargadora do processo, Clara Maria Araújo Xavier, o médico tem culpa em assumir o risco da cirurgia sem exames recentes.

O valor de R$ 10 mil como indenização é baixo para Michele e sua outra advogada, Marta Regina Apparecido Dias. Isso considerando o que Michele passou por um erro médico.

Publicidade
Sair da versão mobile