Por serem uma opção econômica e ecologicamente viável, as lâmpadas de LED já ganharam seu espaço. Seja nas casas, empresas ou até nas ruas, ela é a nova aposta das cidades para melhorar e baratear a iluminação pública. Mas será que elas podem fazer mal para a saúde? Estudos afirmam que sim, veja quais são.
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Como o LED pode prejudicar sua saúde
O mecanismo utilizado por essas lâmpadas proporciona até 80% de economia de energia em comparação com as tradicionais. Além disso, elas têm uma vida útil bem maior, precisando comprar muito menos. Por estas razões, acaba sendo mais cara no mercado no curto prazo, mas vale a pena a médio ou longo prazo.
Mas a nova vedete da iluminação entrou no centro de uma polêmica mundial. De acordo com o pronunciamento realizado pela ANSES, a Agência Francesa de Alimentos, Segurança Ambiental e Saúde e Segurança Ocupacional, elas podem fazer muito mal para a saúde. Veja quais foram os principais pontos abordados.
Degeneração macular
A agência fala do perigo da luz azul contida nos LEDs e o risco de se reduzir a capacidade visual ao longo do tempo. Isso porque afeta diretamente a retina, causando um efeito fototoxico para a mesma. Isso pode estimular e acelerar a degeneração da mácula, fazendo com que se perca a parte central da visão.
Piores noites de sono
Além de prejudicar a visão, o uso de lâmpadas LED pode também perturbar o seu sono. Isso porque acaba interferindo no ritmo biológico do seu corpo, reduzindo a produção de melatonina. Além disso, atrapalha a qualidade do sono, bem como faz com seja mais complicado conseguir dormir rapidamente.
Biodiversidade e meio ambiente
Pode parecer que não tem relação com você, mas lembre-se de que o planeta é uma grande teia interdependente. E as luzes estão atrapalhando biomas inteiros a se desenvolverem como poderia. De acordo com a Agência, há “um aumento na mortalidade e um empobrecimento da diversidade de espécies animais e vegetais estudadas em ambientes iluminados à noite, inclusive com iluminação LED”.
O que dizem outros estudos
Um estudo realizado nos Estados Unidos, mostrou que “a luz visível de comprimento de onda curto pode induzir fotoxicidade da retina”, luz essa que é encontradas em lâmpadas de LED. Essa fotoxicidade pode levar ao aceleramento do desgaste da mácula, como disse o estudo anterior. Mas isso só acontece se for com alta intensidade e com ondas abaixo de 455 nanômetros.
Por outro lado, a professora da Faculdade de Oftalmologia da Universidade de Columbia, nos EUA, Janet Sparrow, disse que ela tem seu lado positivo também. Se usada com sabedoria, a luz azul emitida pelo LED pode ajudar a aumentar a produtividade no trabalho. Porém, no longo prazo, pode sim ser prejudicial à visão. Então, é ter equilíbrio, diminuir o brilho da tela e usar com bom senso as lâmpadas de LED, evitando problemas futuros.