kits de proteção são doados a pessoas que não enxergam
Crédito: Instagram Dv na Trilha

Covid: kits de proteção são doados a pessoas que não enxergam

O tocar é a forma que o deficiente visual “vê” o mundo, imagine viver assim em tempos de coronavírus

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Quando você vai ao mercado ou sai nas ruas, evita tocar em corrimões ou em objetos — somente se for necessário. Agora, imagine se a única forma de conseguir se localizar e realizar as suas atividades for tocando em tudo! É exatamente o que acontece com os deficientes visuais, que têm 3 vezes mais chances de se contaminar do que outras pessoas.

Isso acontece porque eles precisam usar o braile (impressão em alto relevo nas embalagens e avisos) para saberem do que se trata um produto ou aviso. Também precisam segurar nas mãos ou dobras do cotovelo de outras pessoas para, por exemplo, atravessar a rua. E é essa a parte do corpo usada para espirrar ou tossir.

Outro fator que agrava tudo isso é a dificuldade em fazer a desinfecção adequada da própria casa, quando retornam da rua. Sem enxergar tudo o que deve ser limpo, mesmo com todo esforço e boa vontade, podem não ter o resultado mais adequado, deixando escapar alguma área contaminada. Consequentemente, as chances de contrair a doença aumentam muito.

 

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Pensando nisso, um grupo de voluntários de Brasília, que atuam na instituição DV na Trilha, decidiu agir para ajudar na prevenção. Eles conseguiram doações de produtos de proteção e limpeza, além de cestas básicas e cestas verdes, totalizando 17 kits completíssimos para enfrentar o problema.

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Eles foram doados para as famílias que têm algum deficiente visual. Principalmente, para aquelas cujas fontes de renda foram esgotadas durante a pandemia. Contando com o apoio da comunidade local e de todos os brasileiros, por meio de doações, eles estão fazendo a diferença para esse grupo especial, que muitas vezes não é visto por ninguém.

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