Um caso recente vem levantando muitas discussões nos Estados Unidos. Tanto o irmão da vítima, quanto a juíza, abraçaram a ex-policial, condenada por assassinato. Um gesto emocionante de compaixão, perdão e fé. Ao mesmo tempo, um descumprimento de normas éticas a serem seguidas na função de juiz. O que será que deve falar mais alto?
Um juiz deve ser imparcial, sem demonstrar nenhum tipo de sentimento diante do juri. Seja raiva, empatia ou indignação, ele deve permanecer neutro. Porém, será que é possível realmente viver com essa neutralidade? A juíza Tammy Kemp mostrou que não somente se pode mostrar compaixão, como também se deve.
Para deixar o julgamento ainda mais emocionante, até mesmo o irmão da vítima assassinada pela ex-policial decidiu demonstrar essa mesma compaixão. Em meio a uma dor intensa, ele conseguiu olhar com amor e perdão para aquela que tirou a vida de alguém tão próximo. Conheça essa história e tire suas conclusões.
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Juíza e irmão da vítima abraçam ex-policial condenada
O crime aconteceu entre vizinhos, sendo muito mais complexo do que parece. A ex-policial Amber Guyger matou seu vizinho Jean Botham por engano, achando que era um criminoso dentro da casa dela. Amber entrou no apartamento e atirou diversas vezes ao avistar Jean, até perceber que era ela que estava invadindo a casa.
Amber acreditou estar entrando na própria casa e deparou com Jean, quem logo associou a um invasor, tirando sua vida. Não somente um erro grave de conduta, já que ele estava obviamente desarmado, mas também de julgamento. A imprensa norte-americana está afirmando que esse tipo de crime é mais comum do que se imagina.
Seu julgamento aconteceu recentemente, com eventos polêmicos e emocionantes. Além da morte de uma das testemunhas em um tiroteio suspeito, ele contou com cenas emocionantes – que em tese não deveriam acontecer. Depois de condenada, Amber pediu ao irmão de Jean um abraço, que o deu sem hesitar.
Foi um momento emocionante e restaurador na fé, levando muitos do local às lágrimas. Porém em seguida, ela pediu também à juíza Kemp, que não somente atendeu, mas levou sua bíblia pessoal e deu de presente. Amber perguntou se seria perdoada por Deus e Kemp afirmou que sim, se ela ouvisse a Palavra.
Momento único
Foram momentos tensos, em que Amber tinha acabado de ser condenada a 10 anos de prisão pelo seu crime. Em seguida, o perdão do irmão de Jean e o presente da juíza. Ao entregar a bíblia, Kemp abriu em João 3:16 e disse para começar dali. No trecho, lê-se “porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”.
E complementou, dizendo que Deus a perdoaria se ela encontrasse o caminho. Afirmou que fez isso para que ela não ficasse amarga, com autocomiseração e em dúvida. Principalmente, para que ela pudesse viver com um propósito. Uma atitude nobre e extremamente humana, porém foram levantadas diversas críticas.
Como juíza, ela deveria ser imparcial e expressar apreço ou outros sentimentos pelo réu. A mídia passou a discutir essa questão ética, esquecendo de uma coisa muito importante. Antes de ser juíza, policial, criminoso, irmão, mãe ou pai, todos são humanos. O que você acha da atitude da juíza? Passou dos limites ou não? Deixe sua opinião nos comentários.