Romenia Brito, de 28 anos, era natural do Tocantins e há 12 anos vivia na Guiana Francesa, que pertence à França, mas fica na América do Sul, fazendo divisa com o Amapá.
Na madrugada para o dia 23 de novembro, ela foi morta a facadas em uma vila que fica nas margens do rio Lawa, na divisa da Guiana Francesa com Suriname. O principal suspeito do crime é o marido da vítima, Aimar Lopes de Souza, também brasileiro.
A família ficou sabendo da morte de Romenia quando sua irmã, Holanda Brito Reis, enviou para o celular dela uma foto. Logo depois, uma mulher retornou a ligação dizendo que Romenia estava morta.
“Aqui na cidade está tendo um festejo e nós tiramos uma foto com o padre que batizou a gente quando éramos criança. Eu mandei a foto por volta das 6h40 e vi que ela ficou online horas antes, 4h26, e até estranhei porque costumava acordar mais tarde. Logo depois uma mulher me ligou do número dela [da irmã] e disse que minha irmã tinha morrido”, contou Holanda, em entrevista ao G1.
Agora, a família está tentando repatriar o corpo de Romenia e também trazer para o Brasil os dois filhos que viviam com ela, de 5 e 10 anos. Por enquanto, as crianças estão vivendo com uma vizinha da mesma vila, mas estão muito abaladas, principalmente o mais velho que presenciou o crime.
“O menino mais velho viu tudo. [Eles] Estão traumatizados e sozinhos. Estamos sentindo impotentes porque as crianças estão só chorando e a gente não pode nem dar um abraço”, lamentou Holanda.
A equipe do G1 tentou contato com as autoridades da Guiana Francesa para obter mais informações, mas ainda aguarda retorno. A defesa do suspeito, que teria sido preso pelas autoridades locais, não foi localizada.
O pai de Romenia viajou para a Guiana Francesa para tentar resolver a situação da repatriação, enquanto outros familiares entraram em contato com o Itamaraty para pedir ajuda nesse processo.
