A introdução alimentar é a fase em que seu bebê vai começar a comer alimentos sólidos e outros líquidos, além do leite materno. Ela começa a partir dos 6 meses de vida.
É importante saber quais os melhores alimentos para o bebê experimentar primeiro, e quais deve oferecer só mais tarde.
Confira as dicas que a fonoaudióloga Carla Deliberato, especialista em dificuldades alimentares, compartilhou no blog da pediatra, Dra. Kelly Oliveira.
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É importante preparar mais do que o alimento
A introdução alimentar do bebê não se trata, apenas, dos tipos de alimentos que deve oferecer e como você deve prepará-los. Trata, também, de preparar o ambiente para que seu bebê tenha experiências alimentares agradáveis, confortáveis e muito proveitosas.
Então, tente preparar o ambiente evitando telas ligadas e muita agitação. Crie um momento tranquilo para o bebê se concentrar no alimento e na degustação.
A escolha do cadeirão de alimentação
Escolha um cadeirão confortável, com apoio para os pés. É importante que o bebê se acostume a comer no lugar certo, que é a cadeira de alimentação. Evite alimentá-lo no colo ou no sofá, por exemplo.
Outra dica legal é comprar a cadeira de alimentação quando o bebê tiver ainda uns 5 meses. Coloque-o no cadeirão de vez em quando, para brincar e ir acostumando, sempre ficando de olho.
Também quando o bebê tiver uns 5 meses, coloque-o no cadeirão junto com a família na hora das refeições para ele acostumar com o momento de comer, observar o que tem na mesa e o que os outros estão fazendo. A ideia é despertar a curiosidade.
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Escolha do prato e da colher
A escolha do prato e da colher é mais um passo importante. Escolha um pratinho com ventosa embaixo para ficar preso na bancada da cadeira de alimentação. Assim, evita que o bebê derrube tudo. É menos bagunça e maior aproveitamento da experiência.
A colher deve ser confortável, não muito grande e nem muito funda. Deve ser fácil para o bebê conseguir captar o alimento da colher com a boca. Nunca force o bebê a comer, enfiando a colher na boca dele. É invasivo, cria memórias negativas em relação à comida.
Pode comer com as mãos
Se o bebê tiver mais interesse em comer com as mãos, não tem problema algum. Apenas garanta que as mãozinhas estejam bem limpas, que aliás, é importante mesmo comendo com talheres. Deixe o bebê explorar o alimento com as mãos também, pois essa interação sensorial ajuda muito no desenvolvimento alimentar.
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Introdução alimentar com alimentos separados
Uma das principais funções da introdução alimentar é permitir que o bebê conheça a textura, o cheiro e o sabor de cada alimento. Para isso, ele precisa senti-los separadamente.
Evite oferecer apenas sopinhas e purês com vários alimentos juntos. Prefira oferecer os alimentos separados para o bebê pegar e sentir cada um dos gostos.
Respeite se o bebê não quiser mais a comida
Forçar uma criança a comer nunca dá certo. É só estresse! Então, preste atenção aos sinais que seu bebê dá quando ele não quer mais comer. Se ele estiver comendo bem e começar a virar o rosto, cerrar os lábios, choramingar, dar tapas na colher, talvez ele não esteja querendo mais o alimento ofertado. Respeite o bebê, mesmo que ele tenha comido só um pouco.
Alimentos seguros para a introdução alimentar
Veja quais são os alimentos seguros e saudáveis que você pode oferecer ao seu bebê, lembrando de deixar tudo bem cozido, macio e fácil de ingerir, principalmente enquanto o bebê ainda não tem dentinhos.
Antes de iniciar o processo, fale com o pediatra, por dois motivos: para saber se o seu bebê tem alguma predisposição a alergias ou problemas gastrointestinais e para que o médico faça o acompanhamento da introdução alimentar, ajudando a equilibrar o cardápio, se necessário.
- Frutas: banana, abacate, mamão.
- Proteína animal: ovo, carne bovina, frango, peixe sem espinhos.
- Proteína vegetal: feijão, lentilha.
- Legumes e verduras: diferentes tipos de batatas, cenoura, abóbora, brócolis, chuchu, abobrinha.
- Cereais: arroz, macarrão.
- Temperos: só adicione sal na comida do bebê depois que ele completar 12 meses. Até lá, use apenas pequenas quantidades de ervas como alecrim, alho, alho-poró, cebola, cebolinha, coentro, erva-doce, hortelã, manjericão e orégano.
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