Internet por satélite
Crédito: Freepik

Internet por satélite no Brasil: saiba como funciona

A costelação de satélites de Elon Musk já começa a fazer testes no Brasil e poderá atender até os lugares mais remotos

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Atualmente, as pessoas que moram em regiões remotas não têm a mesma qualidade de internet que nas regiões centrais. Isso quando existem instalações para o acesso de internet. Mas quando a internet por satélite estiver funcionando, chegará para todo mundo.

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A evolução da conexão de internet no Brasil

A internet que usávamos há algumas décadas era a banda discada – também chamada de ligação dial up –, que funcionava pela linha telefônica. Lembra que o telefone ficava ocupado enquanto alguém estivesse conectado à internet no computador?

Depois veio a banda larga – também chamada de ADSL –, que tem uma velocidade muito maior (vel. mínima de até 128 Kbps) do que a discada (vel. mínima de até 56 Kbps). Não precisa da linha telefônica, que fica liberada para uso normal.

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Hoje em dia temos a fibra ótica, muito mais rápida, podendo chegar a 1 Gbps. Atualmente, de acordo com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), 79% dos municípios brasileiros são atendidos pela fibra ótica.

A fibra ótica tem o grande diferencial de transmitir conteúdo digital (dados, voz e vídeo) por cabos de rede que emitem sinais no formato de luz por longuíssimos quilômetros. Os tipos de internet anteriores precisam de cabos de cobre para chegarem aos usuários, com menos eficiência.

Com essa mudança na forma de transmitir o sinal de internet, foi possível alcançar uma qualidade muito superior. Alta velocidade, zero interferência, poucas perdas de sinal e cabos mais seguros.

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A internet por satélite é melhor ainda

Logo o Brasil poderá contar com a internet por satélite de alta qualidade. No dia 28 de janeiro, a Anatel autorizou o uso de internet banda larga via satélite da Starlink, uma divisão da SpaceX, companhia espacial do bilionário Elon Musk – que também é dono da Tesla.

Com a autorização, a Starlink poderá usar 4.408 satélites não-geoestacionários de baixa órbita para oferecer banda larga para consumidores brasileiros. A licença vai até 2027.

Atualmente, a maioria dos serviços de internet por satélite são possibilitados por satélites geoestacionários simples, que orbitam o planeta a cerca de 35 mil km de altitude.

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A Starlink é uma constelação de vários pequenos satélites que orbitam o planeta a uma distância mais próxima da Terra, a cerca de 550 km – os chamados satélites não-geoestacionários de baixa órbita.

Com essa distância tão reduzida, e a grande quantidade de satélites, o tempo de envio e recepção de dados entre o utilizador e o satélite – a latência – é muito menor do que com satélites em órbita geoestacionária.

A constelação da Starlink ainda não está completa. Por enquanto, consegue oferecer uma conexão com pico de 97 Mbps. O objetivo é que alcance o número de 7 mil satélites. Quando isso acontecer, será oferecida uma internet de até 1 Gbps.

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Para o usuário, a infraestrutura para ter esse tipo de internet é composta por dois modems (um para receber e outro para enviar sinal) e uma pequena antena parabólica apontada para o céu.

Diferente das outras mencionadas, que utilizam cabos ou linhas telefônicas para chegarem aos usuários, a internet por satélite é transmitida diretamente da antena de casa para o satélite e do satélite para uma estação terrestre, e vice-versa.

Com a internet por satélite, até as regiões mais remotas – onde as outras não têm alcance de infraestrutura, poderão receber um bom sinal.

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Os usuários podem esperar velocidades de download entre 100 Mb/s e 200 Mb/s, e latência de até 20 ms na maioria dos locais.

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