Pessoas que sofrem com diabetes, hipertensão, obesidade, sedentarismo e colesterol alto têm mais risco de sofrer infarto no inverno. Porém, o alerta é para todos, devendo ter atenção e cuidado redobrado nessa época do ano.
De acordo com o cardiologista Roberto Kalil, o frio aumenta em 30% as chances de infarto e de acidente vascular cerebral. As condições citadas são as que mais estão expostas, porém o alerta é para todos.
De acordo com o Ministério da Saúde, o infarto ou “ataque cardíaco, é a morte das células de uma região do músculo do coração por conta da formação de um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo de forma súbita e intensa”. Ele pode levar a óbito e deve ser observado de perto, para evitar reincidência.
Já o acidente vascular cerebral (AVC) ou derrame cerebral, “acontece quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea”.
Em ambos os casos, a causa central é o entupimento de alguma artéria, percebeu? Por isso os riscos estão relacionados. De acordo com o cardiologista, o inverno aumenta a chance de formação dos coágulos. Entenda o porquê.
Risco de infarto no inverno
O risco de infarto e derrame aumenta 30% no inverno, isso por causa dos efeitos do frio. Seja sobre o corpo em si ou sobre o comportamento. Confesse que nessa época do ano, às vezes, você esquece até de beber água, não é?
Pois a desidratação é bem comum, fazendo com que aumente a densidade do sangue e, consequentemente, a formação de coágulos. Claro que as pessoas mais propensas correm um risco maior.
Também a própria temperatura é um fator agravante, pois o corpo passa a focar no aquecimento dos órgãos vitais, fazendo com que as artérias se comprimam. Essa compressão das artérias faz com que o coração precise de mais força para bombear o sangue, aumentando a pressão.
Isso somado a possíveis placas de gordura nas paredes das artérias pode levar a rompimentos e formação de coágulos. A partir desse ponto, podem ser consequências, infarto, quando próxima ao coração, ou AVC, quando no cérebro.
Por incrível que possa parecer, há também relação entre infecções virais como a gripe e o aumento do risco de infarto. Então, é importante caprichar na prevenção, fortalecendo a imunidade e garantindo uma melhor saúde cardiovascular.
Sintomas
Os sintomas do AVC e do infarto podem até ter alguma semelhança, em alguns pontos, mas na soma dos fatores acabam se diferenciando. É importante conhecer para saber como agir, diante de alguma eventual necessidade.
O AVC tem como principais sintomas a fraqueza na região do rosto ou nos membros, geralmente ou no lado direito ou no esquerdo. Causa também confusão mental, com dificuldade em falar ou entender frases simples. A visão também fica prejudicada, com perda de equilíbrio e tontura. Causa muita dor de cabeça, que aparece subitamente, com intensidade realmente grande.
Já o infarto é conhecido pela sua característica dor no peito, que se irradia pelas costas, braço direito e até no rosto. Surge também um desconforto, peso ou sensação de compressão na região torácica. Também podem ocorrer o suor frio, falta de ar, fraqueza e palidez intensa.
Assim que detectar esses sinais, a pessoa deve acionar rapidamente o SAMU, através do número 192. Se estiver sozinha, explique rapidamente e dê o endereço, seguindo as instruções do técnico. Se tiver alguém acompanhando, o ideal é passar o telefone e se concentrar em respirar tranquilamente.
Como evitar
Para evitar que isso aconteça, além das recomendações comuns, como manter uma alimentação saudável, com pouca gordura e de boa qualidade, você deve ter outros cuidados:
- Hidratação: no inverno, a tendência é que você sinta menos sede, apesar do seu corpo ainda precisar de bastante água. Mesmo que não tenha vontade, beba ao menos 1,5 litro de água todos os dias.
- Fatores de risco: tratar os fatores de risco é fundamental para reduzir as chances de infarto e AVC. Lembrando que o diabetes pode ser controlado com o acompanhamento médico correto. Da mesma forma a hipertensão, obesidade e colesterol alto.
- Fazer atividade física: a atividade física ajuda a reduzir os fatores de risco e ainda melhoram a saúde cardiovascular. É fundamental que você brigue com a preguicinha do inverno e encare o frio, fazendo com que seu corpo continue funcionando na melhor forma.
- Fortalecer a imunidade: uma boa alimentação vai te ajudar a fortalecer a imunidade, principalmente se caprichar nas vitaminas e minerais essenciais. Dessa forma, aproveite o friozinho para tomar aquela sopa especial e abusar um pouco mais de gostosuras saudáveis.