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Qual a importância da conversa para manter o cérebro afiado

Estudo avalia a importância da conversa para manter o cérebro afiado

Crédito: Pixabay

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Um projeto em andamento está avaliando qual é a importância da conversa para manter o cérebro afiado, tendo o prazo de finalização e divulgação do seu resultado para o ano de 2022. Trata-se de uma pesquisa, em fase de desenvolvimento, que está analisando se a conversa pode ser benéfica para evitar problemas de demência, ou até mesmo o Alzheimer, em idosos.

Ela parte da premissa que a conversa mantém o cérebro ativo, evitando a aceleração da morte celular e desenvolvimento de doenças, melhorando a qualidade de vida.

A demência é um problema gravíssimo, onde somente no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, podem ser quase 3 milhões de pessoas “com suas famílias enfrentando as consequências dessa condição neurológica devastadora”. Para a instituição, a pesquisa para a prevenção dessa doença tem grandes desafios pela frente.

Uma dessas pesquisas busca utilizar uma ferramenta simples, de graça e disponível para qualquer pessoa: conversar. O ato de interagir com outras pessoas, força a mente a estimular ligações neurais antigas, através da busca de memórias, bem como cria novas. Isso faz com que ela fique mais atenta e tenha menos chances de desenvolver problemas.

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Além disso, previne doenças do corpo e da mente, estimulando hábitos de vida mais saudáveis, como a prática de atividades físicas adequadas à idade, o cuidado pessoal, investimento em novos hobbies e muitos outros fatores oriundos da troca entre pessoas, cada vez mais escassa. Esse estudo está procurando atestar se a conversa realmente melhora e previne as demências.

Importância da conversa para manter o cérebro afiado

Crédito: Freepik

O estudo está sendo desenvolvido com 144 idosos, com mais de 80 anos, que não apresentassem nenhuma degeneração grave, porém podendo apresentar início do desenvolvimento de alguma doença. Ela foi realizada em Portland e em Detroit, com o apoio de instituições locais, que atendem idosos, inclusive de baixa renda e diversas etnias.

Para os autores, essa é a “faixa etária de crescimento mais rápido da população na maioria dos países desenvolvidos. Estes enfrentam mais riscos de desenvolver demência e isolamento social, ambos fatores para declínios cognitivos”. Por isso, esse estudo é muito importante, pois além de ajudar uma parcela cada vez maior de pessoas, utiliza uma ferramenta de tratamento gratuita: o diálogo.

Como foi realizado

Para isso, eles dividiram os idosos em dois grupos, onde o primeiro era um grupo de controle, que receberia ligações telefônicas semanalmente, apenas para acompanhar o estado de saúde e outros pontos definidos em um roteiro básico.

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O segundo grupo é o de estudo, de fato, que vai passar pelas sessões de conversas de trinta minutos, via internet, em uma plataforma própria e fácil de utilizar. Porém antes disso, passaram por conversas diárias, presencialmente, também com 30 minutos cada uma, ao longo de seis semanas.

Qual o objetivo

O objetivo era estudar idosos com “80 anos ou mais, com cognição normal e oportunidades limitadas para interações sociais – um grupo com alto risco de incidência de Comprometimento Cognitivo Leve”, que pode levar a doenças mais graves posteriormente. Suas conversas seriam monitoradas e controladas, seguindo um roteiro.

Esse roteiro visa estimular diferentes áreas do cérebro, fazendo com que processe informações diferentes, com cruzamentos e aprofundamento. Por exemplo, uma das perguntas que parecem bobas é como anda o time favorito. Em seguida, pede para analisar se eles acham que tem diferença na atuação dos times no início e no final do campeonato e o porquê disso.

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Começa com algo mais simples e vai tornando-se mais complexo, levando ao reforço de ligações de diversas áreas do cérebro, incluindo a memória de curto e longo prazo. Além disso, procura-se monitorar o “bem-estar psicológico e os níveis de interações sociais específicos da pessoa” no dia a dia, através de um diagnóstico realizado pelo entrevistador.

Resultados

Crédito: Freepik

Para avaliar os resultados, estão sendo utilizados diversos exames físicos e diagnósticos cognitivos, a exemplo da ressonância magnética, morfometria baseada em voxel e a conectividade estrutural e funcional entre a amígdala e o sulco temporal superior.

A hipótese a ser comprovada é a de que “aumentar o contato social diário através de tecnologias de comunicação poderia oferecer uma prevenção caseira econômica, que poderia retardar o declínio cognitivo e retardar o início da demência”. Ou em palavras mais simples, realmente há verdade no fato de que existe importância da conversa para manter o cérebro afiado.

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Algo que todo mundo já sabe, mas parece fazer de conta que esqueceu, relegando o idoso ao isolamento social, já tão propício dada a sua limitação física, que as vezes o impede até mesmo de sair de casa e fazer coisas simples, como ir ao mercado ou até a casa de um amigo.

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