O mercado solidário foi uma ideia muito legal colocada em prática pela Igreja Evangélica Pentecostal Ministério Sião, em Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, após receber 700 quilos de alimentos não perecíveis e produtos de higiene para doar a 60 famílias carentes da Zona Sul da cidade.
Consumindo com consciência e dignidade
A ideia é bem simples: ao invés de entregar sacos de cesta básica para as famílias carentes, todos os produtos foram organizados em prateleiras, como no supermercado, para que cada família possa pegar como se estivesse comprando, além de poderem escolher o que realmente vão utilizar.
Essa é uma atitude importante para resgatar a dignidade das pessoas e também ajudá-las a consumir os produtos com mais consciência, ainda que não precisem pagar por nada. O simples ato de pegar uma cestinha ou carrinho e percorrer os corredores do Mercado Solidário traz uma sensação bem diferente do que receber um saco embalado com mantimentos.
Loja de roupas e acessórios
Além da parte de mantimentos, o Mercado Solidário tem um segundo espaço com roupas, calçados e acessórios, dispostos de forma organizada como em uma loja comum, para que as pessoas possam escolher e levar para casa, de graça.
“A ideia é fazer com que a pessoa resgate a sua dignidade, pois ela não vai simplesmente receber uma cesta básica doada. Ela pode escolher quais produtos mais necessita e levá-los para a sua casa”, disse, ao Portal Gaz, o coordenador do projeto, Luander Oliveira.
Para que não faltem peças para ninguém, as famílias são cadastradas e podem escolher até 4 peças de roupa, 1 acessório e 1 par de calçado por mês. Dessa forma, todos aproveitam as doações escolhendo o que gostam e precisam, diferente de quando não podem escolher e às vezes recebem peças que não servem ou que não se sentem bem ao usar.
Uma moeda simbólica
E, para completar ainda mais a experiência, também foi criada uma moeda chamada Solidário. As pessoas cadastradas recebem um valor mensal em crédito que varia de 20 a 35 Solidários para fazer suas compras. O valor depende do número de integrantes na família.
“A grande maioria dos produtos custa na faixa de 1 Solidário, assim é possível fazer uma boa compra com a cota mensal de crédito”, explica o coordenador.
Nos próximos meses, o projeto planeja colocar em vigor um sistema de controle digital para as compras. Cada família terá o seu cartão de crédito, tornando o sistema do Mercado Solidário mais eficiente.
Como participar
As famílias que podem participar do projeto devem estar cadastradas em um dos programas sociais do município, como o Bolsa Família. Então, é só fazer a inscrição através do WhatsApp (51) 99606-0454, fornecendo alguns dados pessoais.
As compras são liberadas todo segundo sábado do mês, e podem ser retiradas na sede do ministério, na Avenida Assis Brasil, 536, Centro de Santa Cruz do Sul.
Quem quiser contribuir com o projeto fazendo doações para manter o estoque do Mercado Solidário, pode entrar em contato direto com Luander de Oliveira pelo número (51) 99606-0477.