Se você é uma pessoa idosa ou mora com um idoso, pode ter percebido que a ingestão de água diminui nessa fase da vida. É preciso estar atento à ausência de sede, pois ela pode levar a um quadro de desidratação.
Mas, o que faz a sede diminuir?
Para responder a essa pergunta, a equipe do UOL Viva Bem conversou com Mauricio de Miranda Ventura, médico geriatra e diretor do serviço de geriatria do Hospital do Servidor Púbico Estadual de São Paulo, e nós achamos importante compartilhar.
De acordo com o médico, “no cérebro, existe um centro regulador dessa função que transmite a percepção de desidratação e de que é preciso ingerir líquidos. Nos idosos, a sensibilidade desse centro regulador está limitada. Dessa forma, o corpo deles precisa perder muito mais água do que o de um jovem para apresentar a sensação de sede”.
Então, é verdade afirmar que idosos sentem menos sede. E, além disso, a quantidade normal de água no corpo dos idosos também diminui. Nos adultos mais jovens, essa quantidade é de, mais ou menos, 70%. Já nos idosos, cai para uns 50%, podendo levar à desidratação mais rapidamente.
Para evitar que sofram com a desidratação é muito importante monitorar a ingestão de líquidos, principalmente de água.
Mitos e verdades sobre a hidratação do corpo
Como saber se o corpo está desidratando?
Já sabemos que não dá para confiar apenas no centro regulador do cérebro para saber quando a pessoa idosa está com sede e precisa de água, pois esse mecanismo não está mais funcionando como antes.
Então, qualquer outro sinal de sede é um aviso de que a desidratação está próxima. O ideal é nem deixar chegar a esse ponto. Mas, se chegar, os sintomas serão a urina mais concentrada e escura, a boca seca, sonolência e tontura. Se o quadro já estiver grave, a pessoa poderá ter confusão mental.
Veja também: Mais sintomas de desidratação e como tratar
Como evitar a desidratação em idosos?
Se não é possível sentir sede porque o corpo não avisa, o jeito é prevenir que a desidratação aconteça. Para isso, é importante que os idosos tenham os seguintes cuidados:
- Beber pelo menos 2 litros de água ao longo do dia;
- Usar roupas leves nos dias mais quentes;
- Evitar praticar exercícios físicos nos horários mais quentes do dia;
- Evitar passar muito tempo exposto ao sol nos dias mais quentes;
- Ter uma alimentação rica em vegetais, que também possuem líquidos e minerais.
As dicas desse artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado. Mantenha esses cuidados aliados a uma rotina e alimentação saudáveis e equilibradas.
Veja também: Suplementos alimentares para idoso: conheça os principais tipos