Menu

Idoso não queria morrer analfabeto e se formou aos 79 anos

Seu Cláudio concluiu o Ensino Fundamental aos 79 anos e já pensa na próxima formatura.

Foto: Reprodução Arquivo Pessoal

Publicidade

Antigamente, muitas crianças não tinham como ir à escola por causa da distância ou porque precisavam começar a trabalhar muito cedo para ajudar os pais. Mas, apesar de não ter podido concluir os estudos antes, Seu Cláudio Jacir dos Reis prometeu aos filhos que não iria morrer analfabeto.

Foi graças ao EJA – Educação para Jovens e Adultos, que Seu Cláudio teve a oportunidade de voltar a estudar para aprender a ler e a escrever – o que era um sonho antigo. Agora, aos 79 anos, ele cumpriu com o que prometeu e comemora com a família.

O EJA foi oferecido em sete escolas públicas da região de Gravataí, no Rio Grande do Sul, incluindo a de Vila Branca, onde Seu Cláudio estudou, a Escola Municipal Vânia Abilio dos Santos.

Veja também: Voltar a estudar depois dos 40: vantagens, desvantagens e como voltar

Publicidade

“É uma oportunidade que muitos jovens não aproveitam, mas deveriam”, sugeriu o idoso, que já se matriculou no EJA do Ensino Médio. “Não vou parar de estudar”, afirmou.

Depois de ser alfabetizado e aprender muitas coisas que ele desconhecia, Seu Cláudio percebeu o quanto gosta de estudar. Mais do que deixar de ser analfabeto, ele agora tem outros objetivos pela frente, e não se preocupa com o fato de estar próximo dos 80 anos de vida.

A formatura do Ensino Fundamental foi um momento marcante e emocionante, não apenas para Seu Cláudio e a família, mas para outros 155 alunos e familiares que estavam ali com a mesma sensação de dever cumprido e novos planos para o futuro.

Na cerimônia de formatura, a Secretária da Educação de Gravataí, Aurelise Braun, destacou a conquista individual de cada formando:

Publicidade

“Este momento de celebração é muito importante, pois simboliza o fim de um ciclo e motiva os estudantes a continuarem seus estudos. É necessário valorizar o esforço desses alunos, que, por algum motivo, não conseguiram concluir seus estudos no modelo regular, e que agora têm essa importante conquista para se orgulhar e celebrar.”

Veja também: Homem constrói estrada de 8 km para filhos estudarem

Sair da versão mobile