Icterícia no bebê
Crédito: Freepik

Icterícia no bebê: o que é, características e tratamento

Bebês amarelados são comuns, mas, dependendo da causa, precisa de tratamento urgente

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Você já deve ter visto um bebê, ou até aconteceu com o seu, ficar com a pele amarelada uns dias após o nascimento. É a icterícia no bebê, também chamada de hiperbilirrubinemia neonatal. Saiba o que é essa condição, quais as características e como fazer para que a pele do bebê volte à cor normal.

O que é icterícia no bebê?

A icterícia é um aumento da concentração de bilirrubina no sangue do bebê. A bilirrubina é um pigmento de cor amarela que é produzido pela degradação das células sanguíneas do corpo. Ela então é captada pelo fígado, onde é ligada a proteínas e eliminada junto com a bile pelo intestino.

Quando está em alta concentração no sangue, a bilirrubina provoca o amarelamento da pele, olhos e mucosas do recém-nascido. Uma das causas para esse excesso acontecer é que, durante a primeira semana de vida, o fígado do bebê ainda não está desenvolvido o suficiente para metabolizar e eliminar a bilirrubina.

Então, quando o motivo da icterícia no bebê é o desenvolvimento do fígado, e o bebê perde esse tom amarelado em torno de uma semana, é considerado normal. No entanto, existem os casos em que a icterícia pode ser causada por doenças.

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Doenças que podem resultar em icterícia no bebê

Quando o amarelamento da pele e mucosas do bebê não passar dentro de alguns dias após o nascimento, existe a possibilidade da causa do amarelamento ser outra.

Destruição aumentada das células do sangue

Essa destruição das células do sangue acontece por causa de doenças sanguíneas como anemia falciforme, esferocitose ou anemia hemolítica. É uma causa grave de icterícia, e pode ser diagnosticada pela pediatra.

Doenças do fígado

Como a icterícia está relacionada à incapacidade do fígado em metabolizar e eliminar a bilirrubina, pode ser que alguma doença esteja afetando o órgão, como síndrome de Crigler-Najjar, síndrome de Gilber e doença de Gaucher.

Doenças genéticas

Como galactosemia, hipotireoidismo congênito, as já mencionadas Síndrome de Gilbert e Síndrome Crigler-Najar, deficiência da desidrogenase glicose-6-fosfato, porfiria, esferocitose, e eliptocitose.

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Rubéola

A infecção do bebê por rubéola, durante a gravidez, é capaz de gerar a icterícia, pois essa doença afeta o funcionamento do fígado na hora de metabolizar a bilirrubina.

Icterícia do leite materno

O amarelamento da pele do bebê pode surgir somente depois de uns 10 dias após o nascimento. Nesse caso, não é doença, mas sim, uma consequência do aleitamento exclusivo. O leite da mãe provoca um aumento de hormônios ou substâncias do sangue que elevam a reabsorção de bilirrubina no intestino e dificultam a sua eliminação.

Tratamento para icterícia no bebê

Icterícia no bebê
Crédito: Reprodução/Bebê Abril

É importante os pais ou responsáveis pelo bebê manterem o pediatra informado sobre a evolução da icterícia. O bebê deve ficar em observação, pois níveis muito elevados de bilirrubina no sangue podem ser tóxicos, levando a sequelas como lesão cerebral.

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O tratamento, quando necessário, vai depender do que é a causa da icterícia no bebê. O principal tratamento é a fototerapia, que consiste na colocação do bebê num pequeno bercinho onde fica completamente nu, usando somente fralda, ficando exposto a uma luz com um comprimento de onda adequado para a absorção da bilirrubina.

Veja também: O que causa olhos amarelados em adultos?

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