Independente da idade, todos podem estar sujeitos, em algum momento, a entrar em contato com vírus. Porém, um é potencialmente mais perigoso. O HPV causa câncer na garganta. Ele tem sido amplamente discutido e pode causar problemas diversos à saúde. Quer saber do pior? Silenciosamente.
De acordo com o Ministério da Saúde, “os HPVs são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas”. Existem mais de 150 tipos diferentes, sendo muitos deles causadores de cânceres diversos. Os principais vírus que causam a doença, são os “HPVs tipos 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59”.
Entre eles, os vírus tipo 16 e 18 estão relacionados ao câncer de garganta e boca, sendo transmitidos principalmente pelo sexo oral desprotegido. Além disso, são responsáveis por 70% dos cânceres do útero, “90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos casos de câncer de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar”.
HPV e o sexo oral
Ok, deu para entender que é realmente um vírus perigoso, isso porque não foram mencionadas as úlceras, enfraquecimento da imunidade e muitos outros problemas causados por ele. O que muitos não sabem é que o HPV pode ficar inerte por décadas! Ou seja, a pessoa pode estar contaminada sem saber, sem o menor sinal – e contagiar os outros.
E é aí que entra o risco do sexo oral. De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), entre os adultos sexualmente ativos, 85% já fez ou faz com regularidade o sexo oral. Entre os jovens entre 15 e 17 anos, os dados também são significativos, totalizando 33% dos pesquisados.
E será todas essas pessoas utilizaram algum tipo de proteção durante o sexo oral? Infelizmente, a maior parte deve ter “esquecido” de se proteger, podendo estar agora contaminada sem saber. Para o homem, é fundamental que esteja usando camisinha, já para a mulher, a coisa fica um pouco mais complicada.
Isso porque não existe ainda no mercado nacional nenhum tipo de proteção para o sexo oral feminino. Porém, se pode improvisar com plástico filme ou uma camisinha feminina cortada. Já passou da hora da indústria investir nesse importante setor, garantindo uma maior segurança para todos. Mas existe outra proteção contra o vírus HPV: a vacina, o que não substitui a camisinha, em hipótese alguma.
A importância da vacina contra HPV
Segundo o Instituto Oncoguia, “a vacina contra o HPV (papilomavírus humano) reduz em até 51% as lesões pré-cancerosas causadas pelo vírus em adolescentes e 31% em mulheres de 20 a 24 anos”. Além disso, quebra o ciclo de contaminação, podendo um dia chegar à erradicação da doença.
Em países onde a vacina foi amplamente disseminada, os casos de câncer causados pelo vírus caíram “83% em adolescentes e 66% em mulheres de 20 a 24 anos”. É uma quantidade muito significativa, devendo por si só ser o suficiente para convencer os pais de levar seus filhos para vacinar.
O SUS desenvolve campanhas de vacinação, focando em crianças e adolescentes, para que, quando cheguem em sua fase reprodutiva, possam estar protegidos. Elas focam em meninas entre 9 e 14 anos, e meninos entre 11 e 14 anos. A vacina está disponível nos postos também para portadores de HIV e que fizeram transplantes, estando entre 9 e 26 anos de idade.
Se você tem filhos ou está na lista dos que podem tomar a vacina gratuitamente pelo SUS, vá logo! É um cuidado especial, que irá ajudar a proteger de uma doença, que pode ter finais terríveis. Vacina protege, assim como bons pais. Se você ama, leve para vacinar e diminua os riscos de problemas futuros.