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Herpes-zóster: conheça os tratamentos e sintomas do cobreiro

Quem já teve catapora na infância permanece com o vírus adormecido no organismo

Crédito: Freepik

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Ainda pouca gente sabe que a herpes-zóster é uma doença viral que ocorre quando o vírus Varicela, o mesmo da catapora, é reativado no organismo. Quem já teve catapora, que é uma doença bem comum na infância, fica com o vírus adormecido no sistema nervoso e, quando é despertado pela imunidade baixa do organismo, começa a manifestar os sintomas. Veja quais são, também conheça as causas, tratamentos e possíveis complicações dessa doença, que também é conhecida como cobreiro.

Veja também: sintomas e tratamento de sarampo em bebê

Causas

O vírus do cobreiro desperta no organismo onde está adormecido quando encontra uma fraqueza para atacar. Geralmente a doença se manifesta em pessoas que estão com a imunidade baixa, como é o caso de pacientes com HIV, diabetes, pressão alta, câncer e os transplantados.

Mas também existem casos excepcionais de pessoas que desenvolvem a doença quando entram em contato com quem já está doente, mesmo estando imunizado. Essa situação é difícil de ocorrer, mas com se trata de um vírus, a reinfecção dessa forma é possível.

Sintomas

Quanto aos sintomas, o mais evidente é o surgimento de erupções na pele, geralmente de um só lado do corpo, geralmente no tronco e até no rosto, perto de um olho. Os sintomas são separados pelas etapas de infecção que são o período de incubação, a fase ativa e a fase crônica, confira:

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Período de incubação

  • Dor mesmo antes de aparecerem as lesões;
  • Ardor e sensação de formigamento nas regiões perto dos nervos afetados;
  • Calafrios;
  • Distúrbios do sistema gastrointestinal.

Fase ativa

  • Erupções no rosto e em um lado do corpo;
  • Dor como se estivessem entrando agulhas no corpo;
  • Regressão das lesões depois de, mais ou menos, 5 dias. Elas começam a secar nessa fase.

Fase crônica

Algumas pessoas apresentam a chamada neuralgia pós-herpética que é quando a herpes-zóster já foi embora, mas a dor permanece por tempo indeterminado. A pessoa sente queimação e pontadas nos locais que foram afetados pelas lesões e muita sensibilidade ao toque nessas regiões. Essa dor pode durar um mês ou até anos.

É contagioso?

Sim, o vírus da herpes-zóster é contagioso, por isso que a vacinação é a melhor forma de prevenção. Mesmo sabendo que só se pega catapora uma vez na vida, o vírus vai ficar adormecido e poderá se manifestar na vida adulta, então não vale a pena correr o risco.

Pessoas que já estão infectadas precisam manter uma boa higiene pessoal, lavando bem as mãos depois de manipular as lesões.

Essas pessoas, sejam crianças ou adultos, devem ser mantidas em casa para evitar o contágio das pessoas na escola, trabalho ou outros grupos sociais. As pessoas de casa devem se vacinar e manterem-se longe do doente até que a doença chegue na fase em que as lesões já criaram crostas e estão secando.

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Claro, uma das pessoas deve estar por perto tomando conta do paciente, mas sempre tomando o cuidado de manter seus pertences desinfetados e não compartilhas objetos pessoais.

Cobreiro tem cura?

A herpes-zóster não é curada, eliminando o vírus do organismo, mas o tratamento faz com que o quadro dure menos tempo e a pessoa fique livre das possíveis complicações que podem ocorrer. Por isso que é essencial buscar ajuda médica assim que perceber os sintomas para começar o tratamento o quanto antes.

Tratamento

O tratamento a ser aplicado vai depender da gravidade de cada caso. Quando não há risco de agravamento, o médico poderá recomendar remédios para tratar dos sintomas, como antitérmico, analgésico e anti-histamínico que ajuda a reduzir o pus das inflamações. Também se recomenda que a pessoa mantenha a pele bem limpa com água e sabonete e as unhas cortadas.

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Se ocorrer uma infecção secundária, pode haver necessidade de tratamento com antibióticos.

O tratamento específico de combate ao vírus costuma ser feito com o antiviral Aciclovir, quando existe risco de agravamento da doença. O medicamento é usado em crianças e adultos, variando a dose conforme a gravidade de cada caso.

Tem vacina?

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina para combater a catapora entrou no Calendário Nacional de Vacinação em 2013. Dessa maneira, é possível se prevenir contra o vírus já na infância. Ela é distribuída pelo SUS e conhecida como tetra viral, que também previne contra sarampo, caxumba e rubéola.

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Já existe uma vacina contra herpes-zóster, aplicada em clínicas particulares, que é 14 vezes mais forte que a da catapora. Custa em torno de R$ 500, mas o alto preço nem sempre cabe no orçamento, por isso cuide para manter sempre sua imunidade alta e não criar brechas para a doença se manifestar.

Possíveis complicações

  • Inflamação grave no cérebro que pode causar a morte. Se o doente sobreviver poderá ter sequelas.
  • O vírus, quando se manifesta no rosto, perto dos olhos, pode entrar no globo ocular atingindo a visão e até cegando.
  • Dor intensa persistente que pode durar anos depois que a infecção acaba. O número é alto para essa neuralgia, chega a atingir 40% dos pacientes.
  • Aumenta o risco de obstrução nas artérias por conta da inflamação, provocando AVC e infarto.
  • Ele se manifesta em apenas um lado do corpo, pois acompanha o caminho do nervo atingido.

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