hérnia abdominal
Crédito: Freepik

Hérnia abdominal: saiba o que é, quais os sintomas e o tratamento

Fica mais fácil procurar ajuda médica quando sabe reconhecer a aparência e os sintomas de uma hérnia

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O Ministério da Saúde estima que 3% a 8% da população brasileira sofre com algum tipo de hérnia abdominal. Mas esse problema não ocorre apenas na parte do abdômen. Tanto que a hérnia do tipo ingual, localizada na virilha, foi responsável pelo afastamento de 80% dos trabalhadores no ano de 2010. Embora seja um número relevante, as hérnias podem ser tratadas e, em boa parte dos casos, não voltam a incomodar. Saiba mais sobre a hérnia, suas causas, sintomas e tratamento.

Veja também: tudo sobre distensão abdominal

O que é uma hérnia?

De modo geral, a hérnia é um escape parcial ou total de um ou mais órgãos através de algum orifício que se abriu nas camadas protetoras dos órgãos internos.

Como explica o Dr. Ricardo Abdalla, do Hospital Sírio-Libanês, a hérnia abdominal é quando ocorre um escape das vísceras através da parede interna do abdômen, causando o enfraquecimento, o afastamento ou a ruptura da musculatura nessa região.

Causas da hérnia abdominal

causas da hérnia abdominal
Crédito: Centro Hérnias

As causas da hérnia abdominal também faz variar o seu nome. No caso da hérnia umbilical, acontece na parte da cicatriz do umbigo. Ela é mais comum nos bebês, mas também pode acontecer em adultos.

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Já a hérnia incisional é o tipo que ocorre depois de incisões cirúrgicas na região do abdômen. Quando uma cicatriz interna não fica bem fechada, uma parte de vísceras pode escapar, dando origem à hérnia. Esse tipo é mais comum em pessoas que passaram por muitas cirurgias na mesma parte do corpo.

Tem também a hérnia epigástrica, assim chamada quando ocorre acima do umbigo, na parte central, onde tem a junção entre os músculos do abdômen.

Outro caso é a hérnia inguinal, que não ocorre no abdômen, mas sim na virilha. Esse é o tipo mais comum. É quando um pedaço do intestino “escapa” para a virilha, causando a protuberância. Pode acontecer em crianças e adultos, ou por um problema congênito ou após fazer esforços que aumentam a pressão na barriga.

Sintomas de hérnia abdominal

Quando a hérnia abdominal está muito pequena, pode passar um longo período sem causar qualquer sintoma. Mas, quando começam a escapar partes dos órgãos para fora do tecido protetor, os sintomas costumam surgir:

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Dor ao fazer certos movimentos

Quando a pessoa está com uma hérnia em escape, vai sentir dor ao fazer algum esforço, desde levantar coisas mais pesadas, ficar muito tempo em pé ou fazer a contração muscular abdominal para evacuar ou tossir.

Necrose, náuseas e vômito

Em alguns casos, quando a víscera fica presa no orifício da hérnia, e não consegue voltar para dentro espontaneamente, ela vai bloquear a circulação sanguínea nessa região, podendo levar a uma necrose do tecido. No caso de o escape ser de uma parte do intestino, pode até ocorrer seu rompimento, o que vai fazer o paciente sentir náuseas e vomitar. É preciso ir ao pronto-socorro.

Inchaço e vermelhidão

Algumas vezes, a parte das vísceras que está escapando pelo orifício da hérnia pode ficar aparente na região do abdômen. É bem comum de acontecer na hérnia umbilical, quando o umbigo se expande para fora, deixando um volume extra na barriga. Pode haver inchaço e vermelhidão na região.

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Tratamento para hérnia abdominal

Quando a hérnia não se cura sozinha, o tratamento é a cirurgia, que é simples. Ela pode ser feita por incisão (corte) abdominal ou com laparoscopia, que é uma incisão muito pequena por onde entra um cano com uma câmera para que não seja necessário fazer grandes cortes. Geralmente nem é preciso dar anestesia geral no paciente, a menos que seja um caso grave.

Na cirurgia, o médico vai colocar de volta para dentro a parte das vísceras que escapou, então vai colocar uma tela protetora na parte em que tem a abertura do tecido, depois vai suturar para que não volte a abrir. O paciente fica um dia no hospital e depois ganha alta, com a recomendação de ficar pelo menos 10 dias sem fazer esforço, e evitar esportes intensos por 1 mês.

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