Quando uma pessoa deseja que seus órgãos sejam doados depois da sua morte, ela deve manifestar esse interesse em vida, seja na forma de um documento ou apenas falando para as pessoas da sua confiança e mais próximas.
O apresentador Gugu Liberato fez essa manifestação para várias pessoas quando o assunto surgiu, inclusive para sua irmã, Aparecida, que confirmou sobre eles terem tido essa conversa. “Uma vez ou outra, nós havíamos conversado sobre isso e ele disse que queria. ‘Ah, quando eu morrer, eu vou querer doar meus órgãos, fazer o bem para outras pessoas'”.
Quando a morte é confirmada e os médicos acreditam que muitos órgãos estão em bom estado e podem servir para salvar a vida de outras pessoas, certamente essa é a decisão mais sensata a tomar.
Porém, nem todo mundo pensa dessa forma, ao menos não quando ainda está em choque com o falecimento do ente querido. No caso da mãe de Gugu, a primeira atitude foi de negação. Quando os médicos procuraram a família para perguntar se os órgãos do apresentador poderiam ser doados, dona Maria do Céu disse que não queria, pois o filho iria ficar deformado.
Naquele momento, dona Maria não pensou em todas as vidas que poderiam ser salvas pelo filho, somente na aparência do corpo. Mas, ela mudou de ideia depois de ser convencida pelos médicos ao afirmarem que a retirada dos órgãos não afetaria a aparência do corpo para o velório.
“Então, por isso que eu falo, as pessoas que quiserem doar, que elas não tenham medo que a pessoa vá ficar deformada, porque ela vai ficar igualzinha como ela era. O Gugu ficou igualzinho como ele era. Nem se notava que ele tinha tirado a córnea, que ele tinha tirado qualquer órgão”, disse Maria do Céu.
Campanha de doação de órgãos
No aniversário de 1 ano de falecimento do apresentador, a família lançou uma campanha de apoio e incentivo à doação de órgãos, chamada #GuguVive. A irmã de Gugu deixou uma mensagem importante que vale para todas as pessoas:
“Que as pessoas expressem seu desejo de doar os órgãos depois da sua morte física e que as pessoas cumpram a vontade do familiar que falece para que cada vez mais gente possa sobreviver com esses órgãos”.