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Grávida pode viajar de avião?

Gestante dá à luz em pleno voo e levanta novamente essa discussão. Saiba o que diz o Ministério da Saúde

Crédito: Freepik

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Recentemente, uma gestante deu à luz em pleno voo, tendo que fazer uma parada de emergência para atendimento do bebê e da mãe. Será que realmente grávida pode viajar de avião? Saiba quando é seguro e quando a melhor opção é ficar em terra firme. Além disso, veja alguns cuidados a ter para uma viagem mais segura.

Isso é importante para evitar casos como a da mulher chilena que entrou em trabalho de parto em pleno voo. O avião estava partindo do Rio de Janeiro, com destino a Santiago, e ela sentiu as contrações já no ar. Ela tinha autorização médica e o bebê estava previsto para 18 dias depois do voo.

O parto foi realizado no avião e um pouso de emergência foi necessário, para dar suporte ao bebê e para a gestante. Foi então que pousaram em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ela e o bebê passam bem, mas o risco foi realmente grande, viajando nos últimos dias de gestação. Mas será que uma mulher grávida pode viajar de avião?

Veja também: curiosidades e dicas do pós-parto para se preparar

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Gestante pode viajar de avião?

De acordo com o Ministério da Saúde, em sua página Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), as gestantes podem, sim, viajar de avião. Porém, é importante que fique atenta a alguns detalhes, como o tempo de gestação. Para a instituição, “as viagens em aeronaves adequadamente pressurizadas não oferecem qualquer risco, não alterando os sinais vitais da gestante e do bebê”.

Outro ponto que foi ressaltado, e que causa dúvidas em muitas gestantes, é de que viajar de avião não causa ruptura prematura da membrana. Portanto, por si só, em período seguro, não é capaz de adiantar o parto. Além disso, não tem relação com o descolamento prematuro de placenta, que poderia reduzir a oxigenação e alimentos para o bebê no útero.

Porém, é importante estar atenta a alguns pontos importantes, que podem, sim, colocar a gestante e o bebê em perigo. Um deles é que as gestantes de alto risco devem evitar os voos, principalmente se apresentam dores ou sangramento. Além disso, o ideal é que qualquer gestante evite longas viagens, principalmente se for de gêmeos ou se tiver insuficiência cervical.

Também é importante evitar viagens para áreas que estejam na linha ou acima de 2400 metros de altitude, pois isso pode causar a redução da quantidade de oxigênio para o bebê. Não devem viajar de avião mulheres com gravidez ectópica, com alto risco tanto para a mãe, quanto para o feto, incluindo hemorragia.

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Quais são os cuidados a ter?

Primeiro de tudo, a gestante precisa estar atenta à idade gestacional. Grande parte das empresas solicita um atestado médico, em casos que já passaram das 28 semanas. Já para aquelas que pretendem viajar depois de 32 semanas, é necessário o preenchimento de um formulário, a ser enviado 72 horas antes do voo.

Para as que pretendem viajar depois de 38 semanas, só é permitido o embarque em caso de urgência e com um médico acompanhando o voo. Então, o ideal é evitar, assim como nos primeiros 3 meses de gestação. Fora desses períodos, é tranquilo viajar e não precisa de autorização médica. Porém, requer alguns cuidados essenciais, veja quais são:

  • Faça um checkup antes de embarcar;
  • Veja quais são as regras da empresa aérea antes de qualquer decisão;
  • Se alimente bem, evitando aquelas opções que possam produzir gases;
  • Use roupa confortável e que não aperta a barriga;
  • Beba muita água durante o voo;
  • Mantenha o cinto abaixo da barriga e não sobre ela;
  • Use meias de compressão e faça exercícios com os pés a cada 30 minutos;
  • Levante para caminhar a cada hora de voo;
  • Solicite oxigênio suplementar, se achar necessário. A gestante tem direito.
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