Tudo bem que os preços dos alimentos estão lá nas alturas, mas, pagar R$ 1.016,00 em 30 ovos é um pouco exagerado, vamos combinar!
Claro que esse preço não está certo, só que para os estelionatários que enganaram o casal Agna e Hebert, de Praia Grande (SP), o golpe funcionou – ou, pelo menos, até a situação ser resolvida.
O caso aconteceu no bairro Santa Rosa, no dia 16 de maio, quando Agna e o marido estavam em casa e ouviram que estava passando um carro vendendo ovos na rua. O que eles não imaginavam era que uma simples compra de ovos acabaria na delegacia.
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Para aproveitar a praticidade de comprar na porta de casa, Agna pediu que o marido saísse para pegar uma caixa de ovos.
“Eu ainda tinha ovos em casa, mas como eu gosto de manter sempre o estoque, além da facilidade que é comprar na porta, pedi para o meu marido sair para pegar uma caixa”, contou Agna ao UOL.
Quando Hebert saiu de casa, já avistou o Gol quadrado branco parado na rua, atendendo a vizinhança.
“Ele saiu, e havia dois vendedores atendendo os clientes. Ele escolheu a bandeja e, na hora de pagar, meu marido avisou que seria por cartão, por aproximação”.
Hebert optou pela forma de pagamento mais simples e que, em teoria, deveria ser bem segura. Só que os vendedores dos ovos não estavam com boas intenções.
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Foi nessa hora que um deles alegou que a maquininha não aceitava pagamento por aproximação, então Hebert aceitou digitar a senha. Ele contou à esposa que viu quando o vendedor digitou a quantia de R$ 16 — e esse foi o valor que estava no visor.
“Eles falavam muito, como se quisessem distrair a atenção do meu marido. Começaram a falar que o carro que estavam usando era provisório, que o carro de entrega estava quebrado. Assim que finalizaram a venda, e antes mesmo que meu marido pedisse a notinha, uma vizinha que mora em uma casa em frente à nossa saiu para pedir ovos também. Mas os vendedores deram a partida no carro e pediram para ela esperar, que logo voltariam para atendê-la”.
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Hebert voltou para casa com a bandeja, mas percebeu que a vizinha continuou esperando e os vendedores não voltaram. Então, o sexto sentido o alertou para verificar a compra no aplicativo do banco.
“Foi aí que eu vi que, em vez de cobrarem R$ 16, tinham cobrado R$ 1.016. Mil reais a mais! Ficamos desesperados, pois esse dinheiro já estava comprometido. Era para pagamento de uma conta. Chegamos a sair pelas ruas do bairro, procurando pelo carro. Eu ainda pensei que podia ter sido um engano, que o rapaz tinha digitado errado. Mas não. Eles já tinham desaparecido”.
Hebert contou o ocorrido para amigos policiais, para os quais também enviou informações sobre o veículo e os vendedores de ovos. Assim ele descobriu que o Gol quadrado branco tinha sido visto por volta das 13h45, em outro bairro da cidade.
“Fui fazer o B.O. na delegacia e o delegado me pediu que entregasse um extrato detalhado, para podermos identificar o favorecido. Infelizmente, o pagamento não foi feito por Pix, porque no Pix aparecem os dados detalhados. Foi feito através de débito, no cabeçalho só aparece um código (r-shop) e um nome, que parece ser Priscila”.
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Depois dessa experiência horrível, Agna nem quis saber de comer aqueles ovos, pois deu um desgosto.
“Joguei tudo no lixo. A gente não sabe se poderia ter algo errado com eles. A gente perde a confiança”.
Por fim, o casal entrou em contato com o gerente do banco no qual possuem conta e explicaram o que havia acontecido. A instituição, segundo Agna, solicitou um prazo de 120 dias para que pudesse fazer uma investigação detalhada do ocorrido.
“A gente sabe que é uma época difícil, que as pessoas estão precisando de dinheiro, de trabalhar. Aumentou muito o número de pessoas vendendo de porta em porta. Mas quando começa a acontecer esse tipo de coisa, a gente fica com receio”.
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Fonte: UOL