Assunto delicado para meninos, adolescentes e homens, a ginecomastia ocorre quando as mamas masculinas crescem mais que o normal, tendo como base um corpo masculino. Também chamada de neoplastia, a ginecomastia tem varias causas, sendo as mais frequentes por desregulação hormonal e acumulação de gordura nas mamas.
Nas mulheres, a ginecomastia também tem incidência, porém com o nome de gigantomastia. Entenda as causas, tratamentos, remédios e qual especialista procurar.
O que é ginecomastia?
Em termos técnicos, a ginecomastia tem como causa o desenvolvimento excessivo do tecido da região mamária masculina. Podendo ser benigna ou maligna, ela ocorre normalmente nas fases de alterações hormonais no homem, como infância, adolescência e velhice.
Quando a causa não é hormonal, o diagnostico pode ser pelo acumulo de gordura nas mamas. Assim, chamamos de lipomastia ou pseudoginecomastia.
Mais comum na adolescência ou puberdade, a ginecomastia atinge cerca de 65% dos jovens, de acordo com pesquisa da Organização Brasileira de Cirurgia Plástica. Contudo, como nessa fase a doença é considerada normal, sua reversão é tratável e corrigível.
De modo geral, a doença tem incidência em aproximadamente 30% dos homens. Além disso, homens que utilizam esteroides anabolizantes podem desenvolver o problema também.
Quais são as causas?
Como dito acima, há duas causas mais comuns: desregulamento hormonal ou acumulo de gordura. Porém há outras causas como: paciente com doenças sistêmicas (cirrose hepática, insuficiência renal e inanição); com tumores; com doenças endócrinas (hiperprolactinemia e hipogonadismo) e uso de drogas (remédios usados em quimioterapia, drogas psicoativas, álcool, heroína, anabolizantes e outros).
O sintoma mais comum da ginecomastia é o mesmo: crescimento exagerado das mamas masculinas. Entretanto há casos onde os pacientes reclamam de coceira, dores nas mamas, sensibilidades nas mamas e, em alguns casos, fluxo de leite (galactorreia).
Fui diagnosticado, o que devo fazer?
Caso diagnosticado procure um endocrinologista, um mastologista ou um cirurgião plástico. Com ajuda médica, pode-se diagnosticar corretamente a doença, descobrir se é benigna ou não e em qual grau a doença se encontra.
Assim, a genecomastia é uma doença que apresenta estágios de gravidade. São eles:
- Grau I: Quando se localiza um “botão” ao redor da aréola. Nesse grau a remoção do tecido glandular é fácil e indicada.
- Grau II: Apresenta uma hipertrofia das glândulas mamárias, que pode ocasionar acúmulo de gordura na região. Nesse caso os médicos recomendam lipoaspiração para assim remover o tecido gorduroso.
- Grau III: Caracteriza-se por ter gordura, tecido glandular, flacidez e excesso de pele nas mamas. Quando o paciente é diagnosticado no terceiro grau, o indicado é uma cirurgia plástica para fazer incisões ao redor da aréola, na pele, ou reposicionamento do complexo aréolo-mamilar.
Para isso, o médico poderá solicitar exames como:
- Exame físico das mamas;
- Histórico do crescimento das mamas.
- Naginecomastia verdadeira: a palpação das mamas para estabelecer um diagnóstico.
Quais são os tipos de tratamentos para ginecomastia?
Há tratamentos por cirurgias, remédios e alternativos.
- Tratamento cirúrgico: Devido à falta de eficácia dos medicamentos em casos avançados, a cirurgia é bastante indicada. São elas: lipoaspiração, remoção cirúrgica e mamoplastia redutora, por exemplo;
- Tratamento por remédios: Os medicamentos mais comuns são: Tamoxifeno ou Nolvadex, ambos são antiestrogeno;
- Tratamento alternativo: Se a causa for hormonal, o médico pode indicar: terapia de reposição de hormônios biodiênticos e suplementando com testosterona ou progesterona, dependendo do sexo. O creme de progesterona também ajuda, pois é originado da soja e metabolizado pelo corpo como seu próprio hormônio, o que ajuda a manter o nível de hormônios esteroides. Se a causa for acumulo de gordura, exercícios físicos, como levantamento de peso pode ajudar e outra dica é colocar gelo nas mamas para diminuir os inchaços.
Dica: Como prevenir?
Há alguns hábitos que podem acarretar a doença, como: ingerir suplementos que contêm androstenediol ou androstenediona, drogas para aumento da massa muscular, como anabolizantes e o uso contínuo de drogas.
Por isso, interromper, ou melhor, acabar com esse hábitos podem ajudar a não se ter ginecomastia. Além disso, caso apresente algum sintoma da doença, procure um especialista. Esse artigo não substitui uma avaliação médica.
Fonte: Organização Brasileira de Cirurgia Plástica