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Mulher viveu até a idade adulta com seu gêmeo parasita no abdome

Saiba o que é um gêmeo parasita e como essa indiana conseguiu se livrar dele

Crédito: Freepik

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Pode até parecer piadinha entre irmãos, mas existe mesmo o termo gêmeo parasita. Ele pode ser encontrado ainda durante a gestação, mas pode conviver com a criança por toda a infância. A descoberta vai depender das consultas realizadas e dos indícios apresentados. Isso porque os sinais podem ser mínimos ou até mesmo, extremamente observáveis.

De acordo com a Enciclopédia Barsa, essa é uma condição muito rara, sendo diagnosticados menos de 100 casos em toda a história. Praticamente todos eles foram diagnosticados ainda na infância, com exceção de duas mulheres, uma delas a indiana desse caso. Por ser uma condição tão rara é mais fácil que em países em desenvolvimento não seja diagnosticada corretamente.

Os médicos ainda não definiram exatamente do que se trata o gêmeo parasita. Na Barsa, lê-se que existam duas formas de interpretar essa condição:

  1. Fetos univitelinos que se desenvolveram de forma irregular, em que um acabou sendo englobado pelo outro. Isso faz com que o “parasita” não consiga se desenvolver plenamente e se ligue ao organismo do outro irmão;
  2. Apenas uma massa de tecidos mais desenvolta, que “pode conter ossos, cartilagens, dentes, músculos, tecido nervoso entre outros, chamado de teratoma”.

Seja qual for a definição, é uma anomalia extremamente rara e pode trazer consequências negativas para quem convive com ela. Foi exatamente o que aconteceu com essa jovem mulher indiana, de apenas 17 anos. Conheça a história.

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Mulher indiana retira gêmeo parasita

Em seu abdome essa jovem carregava um saco contendo restos do que poderia ser um irmão gêmeo. De acordo com os exames, ele tinha cabelo, coluna vertebral e dentes bem formados. Para ficar um pouco mais estranho, eles conviveram silenciosamente até fazer 12 anos. Como ele crescia com ela, foi tornando-se uma massa mais proeminente, aparecendo nessa idade.

A partir daí foram anos em observação, pois no início não causava dor, sendo apenas um caroço localizado na barriga. Eles não deram importância, porém, com o tempo, causou algumas dores esporádicas, aumentando também de tamanho significativamente. Isso chamou a atenção dos pais, porém não foi o suficiente para que procurassem ajuda médica.

Porém, quando ela completou 17 anos já não aguentava mais com as dores que apareciam, prejudicando muito a rotina. Além disso, não conseguia nem se alimentar direito, pois o caroço tinha crescido muito e pressionava seus órgãos internamente. Com isso, ela começou a emagrecer e perder rapidamente a saúde. Enfim, a levaram ao médico e a descoberta foi assustadora.

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Crédito: BMJ Case Reports

A jovem carregava dentro de si um gêmeo parasita, que inicialmente foi confundido com um tumor comum. Porém, algumas coisas no exame intrigaram os médicos, pois havia estruturas que se assemelhavam a vértebras, costelas e outros ossos. Isso tudo por causa da concentração de cálcio nesses locais, que ficavam mais aparentes no exame de imagem.

O corpo médico decidiu que seria interessante remover o tumor e analisar do que se tratava, já estando desconfiados da rara condição. Assim, ao retirar o caroço de 36 cm de altura, por 16 de largura e 10 de profundidade tiveram uma visão terrível. Era um emaranhado de pelo, osso e pele. Além disso, foi o maior gêmeo parasita encontrado na história.

Apesar do susto, a mulher passa muito bem, estando em observação pela equipe médica, pois não foi possível retirar todo o corpo estranho. Como sua bolsa estava ligada às paredes internas do corpo da jovem, ainda ficou um resquício celular. Ele vai ser acompanhado ao longo dos anos, para que se evite a formação de um tumor e se tenha um estudo mais aprofundado sobre o tema.

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