Pesquisadores da Universidade de Stanford desenvolveram um gel que impede queimadas, que pode ser utilizado como uma forma de proteção. Muito melhor do que apagar o incêndio, é impedir que ele comece, e esse gel é extremamente eficaz para isso. Uma solução definitiva, porém ainda em fase de testes.
A mente humana é, sem dúvidas, fantástica. Ela pode preservar a vida ou causar destruição, em todas as escalas. Ao mesmo tempo em que pessoas e organizações mal intencionadas, podem iniciar um incêndio em florestas, elas também podem evitá-la. Recentemente desenvolvido, o gel biodegradável contra incêndios já é uma realidade.
Os incêndios florestais, como o que ocorreu recentemente na Amazônia, podem afetar profundamente a saúde da população local, matar animais silvestres e até destruir um bioma. Famílias podem perder suas casas e plantios próximos, bem como criações diversas, como suínas ou bovinas. Não há vantagens para a população em geral.
Da mesma forma, o governo tem que investir milhões no combate às chamas, com produtos que retardam as mesmas e equipes para trabalhar. Também os gastos com saúde, seja por queimaduras ou problemas respiratórios, aumenta. Ou seja, é péssimo e custa muito dinheiro, para todo o mundo.
Porém, se ao invés de correr para apagar as chamas, se conseguisse evitar a sua formação? Essa foi a ideia inicial do projeto, que se mostrou um sucesso, tendo resultados incrivelmente animadores. Não somente conseguiram desenvolver um gel que impede queimadas, como o fizeram biodegradável e comestível!
Pesquisadores desenvolvem gel que impede queimada
Normalmente, quando se tenta controlar as chamas em um incêndio florestal, é utilizado um retardante de chamas diluído na água. Porém, quando ele não está diluído, tende a evaporar, pois entra em combustão com o calor, transformando-se em água, que evapora. Isso inviabiliza seu uso como medida preventiva, somente reativa.
Porém, em uma conversa em família, Eric Appel, um dos pesquisadores teve uma ideia simples e brilhante. Seu cunhado é guarda florestal e perguntou se havia alguma forma dos géis que ele usava na indústria farmacêutica, ajudasse nos incêndios. E foi assim que nasceu a ideia de usar o retardante diluído em gel e não em água.
Como ele não evapora, as chances de entrar em combustão são levadas a quase zero. Os testes feitos mostram que 50% do composto permanece intacto mesmo depois de 2 anos de aplicação. Ou seja, bastaria utilizar o dobro do produto que seria aplicado no incêndio na mesma área, para evitar totalmente as queimadas.
O melhor, esse é um gel utilizado em medicamentos, totalmente seguro para animais e plantas. Além disso, é biodegradável, não contaminando os lençóis freáticos, mantendo o sistema seguro para humanos, outros animais e plantas. Tem um custo aceitável para governos, principalmente levando em consideração a economia gerada.
É também fácil de utilizar, não precisando de equipamentos diferentes dos atuais, de acordo com os pesquisadores. “As propriedades exclusivas desses fluidos retardantes tipo gel permitem que eles sejam aplicados usando equipamento de pulverização agrícola padrão ou a partir de aeronaves.” Protege de incêndio por meses, e depois os materiais acabam se degradando.
Essa pode ser a solução ideal que todos estavam esperando, bastando mais alguns testes para que possa ser utilizado em larga escala. Veja mais informações no vídeo da Universidade, mas lembre de ativar as legendas, se necessário.