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Ganso faz amizade com labrador cego e o visita diariamente

“Dá um certo encantamento porque isso vindo de animais é um exemplo para nós seres humanos de amizade, de solidariedade e companheirismo”.

Foto: Arquivo pessoal/Alonso Alpino

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Alonso e Angela Alpino moram em Vitória, no Espírito Santo, e têm um sítio no bairro Santa Teresa. Quando eles ganharam um casal de gansos, em 2021, notaram que o ganso macho desenvolveu uma grande proximidade com Thor, o labrador cego que tem quatro anos.

O ganso adquiriu o hábito de sair do lago e correr de asas abertas na direção do canil onde fica o novo amigo, e permanece na porta fazendo companhia ao cão.

“De uns dois meses para cá, a gente começou a notar a presença mais constante do ganso ali na frente do canil do Thor. Ele ficava choramingando, pedindo atenção […] O Thor não enxerga, mas parece que a presença do ganso transmite uma certa tranquilidade. Ele olha na direção dele e fica quietinho”, contou Alonso ao UOL.

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Foto: Arquivo Pessoal Alonso Alpino

O dono também contou que, outro dia, se preparava para passear com Thor e o ganso se aproximou, preocupado com o que aconteceria com o parceiro.

“Quando chegamos ao canil, o Thor ficou latindo por conta da coleira e nesse momento o ganso chegou correndo e ficou observando. Parecia que dizia: ‘O que vocês vão fazer com ele? O que está acontecendo?'”

Caseiro, hóspedes e vizinhos também já notaram a cumplicidade da dupla improvável. “No começo, parecia ser uma coisa por acaso. Mas passamos a ter relatos também de outras pessoas: do caseiro, dos hóspedes que recebemos quando alugamos o sítio… Eles falavam que viam a mesma coisa que a gente”, disse Alonso.

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Além do cachorro e do casal de gansos, o sítio abriga 12 patos e uma gata cega. A parceira do ganso está colocando ovos na água e ele fica no entorno para protegê-la, mas ainda encontra tempo para ir visitar Thor em outro canto da propriedade.

Thor foi adotado ainda bebê, e ninguém sabia que ele era cego até o cachorro dar sinais. “Nossa filha sabia que queríamos um cão no sítio e nos indicou alguns amigos que estavam doando filhotes de labrador. Tinham vários, mas o que mais gerou sintonia conosco foi o Thor. Ele tinha um mês, era muito pequenininho e ficava dentro de casa”, disse Alonso.

Foto: Arquivo pessoal/Alonso Alpino

A percepção da condição de Thor veio quando ele já tinha cerca de três meses. “Ele vivia caindo, tropeçando nas coisas, enfiando a carinha na parede. Nós jogávamos a bola e ele ia para o outro lado. Começamos a notar que os olhos eram meio esbranquiçados e levamos na veterinária e no oftalmologista, que confirmou a deficiência”.

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Claro que isso não foi impedimento para que o cão continuasse a fazer parte da família, que não para de crescer.

“Dá um certo encantamento porque isso vindo de animais é um exemplo para nós seres humanos de amizade, de solidariedade e companheirismo. Muitas vezes nós somos seres ditos ‘racionais’ e não temos tão presente esses sentimentos que eles, ditos ‘irracionais’, demonstram”, finalizou  proprietário.

Fonte: UOL Notícias

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