O Fusca sempre será um dos carros mais lembrados pelos brasileiros, desde o seu lançamento no Brasil, em 1950. Hoje em dia ele é relíquia valiosa.
Mas, enquanto alguns colecionadores fazem questão de preservar cada detalhe original do veículo, outros preferem caprichar na criatividade e fazer transformações.
Existe Fusca misturado com Kombi, tem também um que foi ampliado para 7 lugares e tem este que você vai conhecer agora: o Fusca com duas frentes para quem acredita que “é pra frente que se anda!”
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A transformação do Fusca com duas frentes
Transformado para ter duas dianteiras e quatro portas, esse Fusca – que na verdade são dois meios Fuscas – pertence a um colecionador anônimo de Balneário Camboriú (SC).
O projeto foi realizado pela oficina Wiermann Garage, especializada na transformação de Fuscas e na restauração Kombis para exportação, localizada em Poços de Caldas (MG).
Depois que foi publicado na internet, o Fusca “duas caras” começou a intrigar os interessados por modificações automotivas e pelos queridos fusquinhas.
O projeto foi feito sob encomenda e combinou a carroceria de um Fusca 1974 com a carcaça de um doador. Sua construção foi concluída em julho de 2021, após cerca de oito meses de trabalho.
Em entrevista para UOL Carros, David Junio Wiermann, filho e sócio de José de Almeida Wiermann na oficina, contou:
“Nosso cliente viu um carro similar no Brasil e fez a encomenda conosco. Meu pai comandou a execução de todo o projeto”.
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Não dá para dirigir nas duas frentes
Se a sua curiosidade era sobre poder dirigir o Fusca em qualquer uma das duas frentes, não fique triste com a resposta negativa. O projeto continua sendo muito legal!
Existe uma dianteira “falsa” onde está o motor e o câmbio, como no Fusca de fábrica. Os faróis na parte de trás têm lâmpada vermelha, assumindo a função que seria das lanternas.
Apenas a dianteira original traz pedais. Na dianteira falsa tem painel, volante e alavanca de câmbio, mas nada funciona, é apenas pela estética inusitada do veículo.
“O carro anda normalmente em um lado, enquanto na outra extremidade do cockpit é tudo falso”, revelou David.
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O maior desafio do projeto
David contou que o maior desafio dessa transformação foi adequar todos os comandos ao alongamento do chassi – o comprimento do Fusca com duas frentes foi ampliado em cerca de 90 cm, enquanto propulsor e transmissão continuaram na parte de trás.
“Cabos de acelerador, freio de mão e embreagem, além do varão do câmbio e das tubulações de freio, também tiveram de ser alongados”.
Esse carro não foi feito para circular pelas estradas, apenas para participar de exposições. Por isso, sua documentação não foi alterada.
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Fonte: UOL Carros