Flurona
Crédito: Freepik

Flurona: entenda os casos de coinfeção por coronavírus e influenza

Com os primeiros casos diagnosticados, agora já se tem certeza de que uma pessoa pode contrair Covid-19 e gripe ao mesmo tempo

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Quem achava que, ao contrair Covid-19, não poderia pegar gripe ao mesmo tempo acaba de saber que estava enganado. Em Israel, médicos diagnosticaram um caso raro – e o primeiro registrado no mundo – de uma jovem grávida com flurona, que é a mistura dos vírus Corona e Influenza no mesmo corpo.

“Ela foi diagnosticada com gripe e coronavírus assim que chegou”, disse Arnon Vizhnitser, diretor do departamento de ginecologia do Hospital Beilinson, na cidade de Petah Tikva.

Mas, apesar do diagnóstico inusitado, a jovem estava apenas com sintomas leves. Agora, as autoridades de saúde de Israel estudam o caso da paciente para obter mais informações sobre a gravidade da infecção dupla.

Apesar de este ter sido o primeiro diagnóstico registrado, outros casos de gestantes com gripe e febre têm chegado aos hospitais de Israel, trazendo mais desafios às equipes médicas.

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“É definitivamente um grande desafio lidar com uma mulher que chega com febre no parto. Isso é especialmente desafiador quando você não sabe se é coronavírus ou gripe, então você os trata da mesma forma. A maior parte das doenças é respiratória”, concluiu o médico.

Flurona no Brasil

No Brasil também existem casos de pessoas com flurona, mas há poucos dados epidemiológicos sobre a condição, já que os sintomas de cada doença tendem a ser semelhantes. Com isso, quando chega um paciente com sintomas de coronavírus o foco é tratar essa doença.

As descobertas dos casos de coinfecção pelos dois vírus costumam aparecer quando o paciente que apresenta sintomas é submetido a um teste do tipo painel viral, no qual uma amostra é analisada para vários tipos de vírus ao mesmo tempo.

Só que esse tipo de teste mais completo é feito apenas nos laboratórios particulares, portanto, vários casos de possível flurona passaram despercebidos na rede pública.

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É compreensível, dada a dificuldade dos profissionais da saúde pública em lidar com a escassez de materiais, equipamentos, pessoal e, ainda, ter que focar as atenções em tratar os casos diagnosticados com Covid-19.

Também não há estudos científicos falando da coinfecção e seu impacto na saúde e, sem estudos, os médicos e enfermeiros não têm como saber, ainda, se os casos de flurona apresentam maior risco de gravidade.

“Sabemos que os dois vírus podem infectar, inclusive, a mesma célula. Mas como ainda não temos estudos comparando coinfectados com aqueles que foram infectados com apenas um dos dois vírus, não podemos dizer se o prognóstico é melhor ou pior”, disse Salmo Raskin, médico geneticista e diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba, para O Globo.

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Os vírus podem se misturar e criar um novo mais perigoso?

A grande questão diante da descoberta da flurona é se os vírus Influenza e Sars-CoV-2 poderiam se misturar, dando origem a um novo vírus mutante mais perigoso.

Até o momento, os médicos explicam que a probabilidade de isso acontecer é muito baixa, já que não há casos anteriores registrados, quando já se sabia sobre a Influenza e outras formas do coronavírus que existiam antes desse que causa Covid-19.

Em todo caso, para evitar mais diagnósticos, a orientação é que as pessoas continuem se cuidando, usando máscara, mantendo a higiene das mãos e objetos, procurando manter o distanciamento social e, claro, a vacinação em dia, tanto para gripe quanto para Covid.

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Veja também: Vacina sobre Covid: certezas e dúvidas sobre o futuro

Fonte: O Globo

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