Somente no início da década de 1990 os brasileiros começaram a ouvir falar de internet. Mesmo assim, demorou um bom tempo até que os pais tivessem que se preocupar com o acesso dos filhos na internet. Ainda era de uso bem restrito e como não havia os smartphones nem tablets, as crianças só tinham acesso quando estavam com os pais, mas mesmo assim não tinha nada do interesse delas para ver.
Hoje em dia é bem diferente: os bebês já assistem desenhos através da internet segurando seus tablets enquanto fazem o lanchinho. Mas até onde essa prática é saudável e segura? De que forma os pais precisam monitorar os acessos e ensinar as crianças a não se deixarem dominar pelas redes? É preciso ter cuidado.
Como ensinar os filhos a usar a internet da forma mais segura
As crianças da nova geração já nascem conectadas, elas não conhecem um mundo diferente, sem tecnologia. Então, para elas, estar o tempo todo na internet é absolutamente normal. Mas os pais sabem que não é bem assim que funciona e também sabem que tela demais faz mal à saúde e prejudica o desenvolvimento dos pequenos. É por isso que precisam aplicar métodos para educar seus filhos a usarem as redes de forma saudável. Veja quais são:
Determinar horários
Deixar os filhos navegando em determinadas horas do dia não tem problema. Até porque eles precisam aprender a lidar com ela para acompanharem o desenvolvimento da sua geração. Não podem simplesmente ficar alheios e acabarem ficando para trás. Mas tem limites.
A internet deve servir para os momentos de distração, dividindo o tempo com a atenção plena na escola, as atividades extracurriculares, momentos com a família e o momento de descanso.
Cuidado com as informações pessoais
Uma das principais preocupações dos pais é que os pequenos publiquem informações excessivas da sua vida pessoal. Nomes completos, datas de nascimento, eventos agendados, fotos de dentro de casa, com uniformes escolares e afins abrem espaço para pessoas mal-intencionadas se aproximarem e cometerem crimes dentro e fora das redes.
Cuidado para evitar arrependimentos futuros
Outro ponto muito importante que os pais devem ensinar aos filhos quanto ao uso da internet é que as informações lá publicadas saem do controle. Hoje em dia, que tem mais de 30 anos agradece por não ter tido internet na adolescência e publicado fotos e vídeos dos quais hoje teriam vergonha.
As crianças e jovens de hoje precisam ter essa consciência pensando neles próprios no futuro e também nas pessoas envolvidas em suas publicações. Nada de publicar a vida pessoal e coisas que poderiam se arrepender amargamente ou que poderiam prejudicar a vida dos outros, principalmente porque hoje em dia não faltam hackers para utilizar essas informações, fotos e vídeos para prejudicar a vida das pessoas de forma bem agressiva, promovendo o cyber bullying.
Cuidado com as fake news
Infelizmente, no mundo atual, não existe falar de internet sem falar de fake news. Os jovens precisam aprender (e muitos pais também) a não acreditarem em tudo o que leem, pois o risco de que as notícias mais chocantes sejam falsas é imenso. Saber usar a internet é conhecer fontes de pesquisa confiáveis antes de sair acreditando e divulgando informações com opiniões totalmente avessas à realidade.
Como monitorar os filhos na internet
Além de trabalhar uma boa educação dos filhos nas redes sociais, os pais também podem e devem estar atentos e monitorando tudo o que seus pequenos acessam, inclusive estando de olho nos jovens de 13, 14 anos, quando eles ainda são inocentes demais, mas pensam serem os donos da esperteza.
A ideia não é que os adolescentes se sintam controlados, mas sim, que aprendam que eles ainda não são donos de si e que os pais estão sempre por perto para evitar que tomem decisões erradas, ensinando ao caminho certo para que aprendam a tomar as próprias decisões de forma consciente e com bom juízo.
No caso das crianças a ideia é realmente controlar, pois é necessário. Então, para isso, existem bons aplicativos que auxiliam no controle de permanência na internet, no bloqueio de sites proibidos para cada idade e no acompanhamento da localização.
Google Family Link
Esse aplicativo é bem completo: gera relatório sobre período de uso da internet, compras online, faz rastreio de localização, oculta determinados aplicativos, bloqueia o dispositivo e limita seu tempo de uso. Até cinco monitores adultos podem ser adicionados a cada criança.
AppBlock
Esse aplicativo, diferente do anterior, não precisa ser instalado no smartphone dos pais, apenas no da criança. Ele pode bloquear chamadas, vídeos, fotos, aplicativos e downloads conforme os pais acharem necessário para a segurança virtual dos pequenos. Até mesmo os horários de bloqueio podem ser determinados para não atrapalhar a criança na escola ou na hora de dormir, por exemplo.
Life360
Esse aplicativo tem a principal função de compartilhar a localização das crianças com os pais, informando sobre o percurso que a criança está fazendo, onde ela está e por onde passou. Ao chegar em determinado local, o aplicativo envia um alerta aos monitores cadastrados. Se houver uma situação emergencial, ele faz uma chamada automática para os monitores também.