Se tem irmãos convivendo na mesma casa, um sempre vai achar que o outro é o favorito dos pais. Mesmo quando o tratamento é praticamente o mesmo para todos, basta que um irmão receba alguma atenção extra pra que os outros digam que ele é o favorito.
Para os pais, é um constante desafio evitar esse sentimento conflitante nos filhos e neles próprios, pois sabem o quanto a saúde emocional de uma criança pode ser afetada quando ela acredita estar em segundo plano na família.
Filho favorito existe mesmo?
Os pais nunca querem admitir, pois acham que têm a obrigação de amar todos os filhos igualmente. Mas, não é o amor que está em jogo. Acontece que cada filho tem a própria personalidade e vai ter certas características mais em comum com o pai ou com a mãe.
Por conta disso, esse filho que é tão parecido com a mãe, por exemplo, vai acabar passando mais tempo com ela, observando as coisas que ela faz, pedindo seus conselhos, imitando suas atitudes e até dando menos trabalho por causa da afinidade.
Mas, não significa que esse filho seja mais amado do que os outros. É apenas uma questão de afinidade que vai aproximá-lo mais da mãe (ou do pai). É como quando você tem vários amigos, adora todos eles, mas existe um com quem tem mais afinidade e acaba compartilhando mais coisas pessoais.
Como evitar que um dos filhos seja chamado de favorito?
É claro que explicar aos filhos que não existe um favorito, não é tarefa fácil. Até porque todos eles vão pensar que o outro é o favorito. Basta que um irmão receba uma fatia de queijo a mais no sanduíche para os outros o chamarem de favorito.
Então, o que os pais devem fazer é sempre prestar atenção ao comportamento de todos os filhos, observar se algum deles está se sentindo sozinho, chateado ou rejeitado, e dar a atenção necessária para que se sinta melhor, mais amado e confiante.
Veja também: O que fazer com filhos que brigam muito?
Filho favorito x Filho rejeitado
Agora, além da questão da afinidade com um dos filhos, existem situações à parte, como quando os pais não escondem que preferem um dos filhos e rejeitam o comportamento e as atitudes do outro, deixando isso claro em suas palavras, comparações e no tratamento em geral.
Nesse caso sim, existe um problema que pode resultar em traumas psicológicos que vão prejudicar o desenvolvimento do filho rejeitado ao longo da vida. Para esse filho, o mais importante é entender que não há absolutamente nada de errado com ele.
Para o filho adulto que se sentiu rejeitado na infância, é preciso ser capaz de se colocar no lugar dos pais e compreender um pouco sobre a história de vida deles, como se fossem desconhecidos.
Se não conseguir fazer isso por conta própria, a melhor solução é buscar suporte nas técnicas e estratégias de um psicólogo para fazer uma análise completa e ser capaz de enxergar o problema por outras perspectivas.
