O motorista de aplicativo Alexandre Trancozo, de Vitória, no Espírito Santo, agora é um “filho de aluguel”. No início de 2023 ele percebeu um nicho de mercado e começou a atuar.
A ideia de Alexandre é auxiliar pessoas com mais de 60 anos que precisam sair de casa para irem ao médico ou a outros lugares e nenhum familiar pode acompanhar.
Então, além de realizar o transporte das pessoas idosas, ele pode ser contratado para ir junto nas consultas ou onde quer que elas precisem, seja para fazer companhia ou ajudar a lembrar o que o médico disse na consulta para repassar as informações aos familiares depois, por exemplo.
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A iniciativa é bastante útil, tanto que Alexandre, o “filho de aluguel”, está fazendo sucesso entre os idosos da região que atende.
Um bom exemplo de clientes fiéis são seus tios, Bernadete Patrocínio, de 77 anos, e João Patrocínio, de 85 anos. Eles estão sempre com Alexandre, para cima e para baixo, e se divertem juntos.
Alexandre percebeu esse nicho de mercado justamente quando pegava passageiros idosos que precisavam ir a compromissos e não tinham a companhia de filhos ou outros familiares.
Então, ele percebeu que poderia ser essa companhia, se fosse contratado para isso. Gostando da ideia, ele resolveu testar e deu super certo.
“Muitos filhos se sentem culpados por não poderem acompanhar o pai, então o meu intuito é resolver o problema da pessoa e servir ao próximo”, comentou.
Apesar de seus clientes idosos geralmente o chamarem para ir junto a consultas médicas e exames, Alexandre conta que já foi até em um forró.
“A maioria vai ao médico para consultas ou para fazer exames, e eu repasso as informações para quem me contratou. Alguns eu levo e acompanho somente porque se sentem sós e não querem ir sozinhos”, disse o profissional.
Para Alexandre, esse trabalho também é uma forma de matar um pouco da saudade dos pais, que ele perdeu na pandemia. A companhia dos idosos traz alegria e ele está pensando em expandir o negócio.
A primeira funcionária será a esposa dele, Rosileni Rangel Nunes Trancozo, de 52 anos. Ele conta que, por enquanto, eles só têm conseguido clientes pelo boca a boca, mas, pretendem fazer mais investimentos e acreditam no sucesso do negócio de “filho de aluguel”.
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