A filha da cantora Kelly Key contou em suas redes sociais que sofre de dores na coluna por causa do andador. Ela praticamente não engatinhou durante seus primeiros meses, indo direto para o andador. As consequências ela sente até hoje. Conheça sua história e veja qual é o impacto do andador para bebês.
Deformação na coluna
Suzanna Freitas, filha da cantora Kelly Key, sofre com muitas dores na coluna. Isso porque ela praticamente pulou a fase de engatinhar. Assim que começou a agarrar nos móveis e se levantar sozinha, a mãe a colocou no polêmico andador. Isso acabou causando uma malformação da coluna, que, ao invés de ser curvada na lombar, é completamente reta.
Para lidar com a rotina pesada como youtuber e influencer, Suzanna acaba recorrendo à quiropraxia para aliviar as dores. Essa prática alternativa ajuda a tratar não apenas problemas nos músculos, mas também nas articulações. Mas será que o andador é assim tão ruim para o desenvolvimento do bebê?
Perigos do andador
Ter um bebê em casa é ter que estar atento a acidentes o tempo todo e ainda assim, eles podem acontecer. Mas e quando o dano não somente é evitável, como é proporcionado por aqueles que amam? O andador pode parecer uma ferramenta útil para fazer o bebê andar mais rapidamente, porém tem seu preço.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), eles são perigosos e desnecessários. Ele é o causador de muitos acidentes, além de prejudicar o desenvolvimento do bebê. O caso é tão sério, que sua venda é proibida no Canadá e Estados Unidos. Ele, ao contrário do que parece, também atrasa a capacidade do bebê de começar a caminhar sozinho, de acordo com alguns estudos.
Sem o andador, o pequeno pode não apenas explorar melhor seu ambiente, como também elaborar mais conexões neurais. A coordenação motora ampla e cognição são favorecidos, no contato com as diversas texturas e temperaturas do ambiente, enquanto engatinha. Além disso, sua percepção espacial fica melhor delineada. Sem contar que os andadores nem sempre são assim tão seguros. Veja essa reportagem com base no teste do INMETRO.
O que fazer
Primeiro de tudo, por favor, não compre andador para dar de presente para um netinho, sobrinho ou outros entes queridos. Ele pode gerar atrasos no desenvolvimento e ainda causar acidentes. O andador realmente não é uma boa ideia, certo? Veja então o que fazer para ajudar o bebê a se desenvolver melhor, sempre com foco no aspecto físico, afetivo e cognitivo:
- Deixe que ele siga naturalmente o tempo para se desenvolver, sem forçar a natureza;
- Cada bebê tem seu tempo, então não compare com o de sua amiga ou vizinha;
- Leve a consultas regulares ao pediatra, que irá acompanhar o desenvolvimento;
- Deixe que a criança engatinhe livremente pela casa, sempre com supervisão;
- Mantenha o chão higienizado, porém sem químicos. O vinagre de álcool é sempre uma boa escolha;
- Se seu pequeno não está muito disposto para engatinhar e quer ficar parado, procure estimular sua movimentação com brinquedos e sons;
- Se ainda assim você notar apatia, converse com o seu pediatra de confiança;
- Não foque somente em um aspecto do desenvolvimento, há muita coisa a aprender nessa fase.
Agora a dica mais importante: nada substitui o carinho de pai e mãe. Mesmo que tenham que trabalhar, com a rotina apertada, reserve aquele tempo especial para passarem juntos. Leia, cante e brinque com seu filho. Esse laço não é importante apenas para o desenvolvimento cognitivo e afetivo, mas para o relacionamento de toda a vida.