feridas emocionais da infância que marcam até a vida adulta
Crédito: Freepik

5 feridas emocionais da infância que marcam até a vida adulta

Reconhecer e aceitar as feridas da infância é o primeiro passo para conseguir utilizá-las a favor da sua evolução

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Muitas pessoas passam a vida adulta com sentimentos conflituosos que não têm ideia de onde vêm. Nem sempre é possível se lembrar com clareza dos momentos da infância, ainda que tenham sido traumáticos, pois o cérebro se encarrega de fazer uma espécie de seleção e esconder experiências muito negativas.

Mas, enquanto essas feridas não forem descobertas e tratadas, vão continuar incomodando. Veja quais são as 5 feridas emocionais da infância que marcam até a vida adulta, de acordo com o livro “As cinco feridas que impedem de ser nós mesmos”, da autora de temas sobre desenvolvimento pessoal, Lise Bourbeau.

1. Medo do abandono

O medo do abandono pode surgir ainda no útero, como uma memória de uma gestação negligente. Ao nascimento, o bebê pode criar memórias de desamparo quando não é reconfortado em momentos de medo, que são muitos, pois cada segundo de sua vida é uma nova experiência.

Mas o medo do abandono é mais claro para as pessoas que, de fato, foram ou se sentiram abandonadas durante a infância, quando já tinham alguma consciência de que deveriam estar sendo amadas pelas pessoas mais próximas.

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Com isso, essas pessoas acabam desenvolvendo um comportamento defensivo, evitando criar laços para evitar serem abandonadas de novo.

Segundo a autora, é muito comum que essas pessoas falem ou pensem desta forma: “deixo você antes que você me deixe”, “ninguém me apoia, não estou disposto a suportar isso”, “se for embora, não volte…”.

2. Medo da rejeição

Mesmo sem sofrer o abandono, o sentimento de rejeição vivido por uma criança também cria feridas que, se não forem tratadas, perduram por toda a vida adulta. A rejeição mais doída ocorre por parte dos pais ou das pessoas que convivem na mesma casa. Mas, se estende para o círculo social e para os relacionamentos futuros.

A pessoa que sofreu rejeição e não teve o amparo necessário para lidar com esse sentimento, cria uma barreira para sua autoestima e o desenvolvimento do amor-próprio. Ela acredita, ainda que lá no fundo, que nunca é boa o suficiente e que não merece as coisas boas que a vida lhe proporciona.

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3. Humilhação e rebaixamento

É muito complexo encarar de frente as feridas causadas por humilhação e rebaixamento na infância. Essas feridas se abrem quando uma criança é tratada sem importância, quando é constantemente comparada aos outros, chamada de problemática, chata ou má, quando é exigido que faça mais do que suas vontades ou suas capacidades. A humilhação é quando seus pontos fracos e seus erros são expostos na frente dos outros.

O adulto que viveu uma infância se sentindo humilhado e rebaixado vai ter dificuldade em valorizar suas virtudes e, em muitos casos, vai desenvolver uma personalidade dependente da aprovação dos outros. Ou, pelo contrário, vai tentar esconder essas feridas atrás de um comportamento excessivamente autoconfiante, mas que não é verdadeiro.

4. Traição que leva ao medo de confiar

Ainda existem muitos adultos que traem a confiança das crianças, pensando que elas não têm sentimentos complexos e que logo vão esquecer do que as fizeram. Esse é um terrível engano que pode abrir feridas profundas.

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Trair a confiança de uma criança é incutir na memória dela que não se pode confiar nas pessoas, e isso é muito prejudicial para o desenvolvimento emocional ao longo da vida adulta. Essa pessoa, que tem medo de confiar, tem dificuldade em se relacionar e desenvolve uma personalidade controladora e perfeccionista para se proteger ao máximo.

5. Sentimento de injustiça

Quando se é criado com irmãos em idades parecidas, é comum acontecer várias situações de injustiça, principalmente pelos pais que não dão ouvidos aos sentimentos dos filhos ou sempre querem proteger os mais novos. A criança que não é ouvida se sente rejeitada e impotente, e acaba por crescer desencorajada a dar sua opinião, sentindo que é um adulto ineficaz e sem importância.

Em outros casos, há os adultos injustiçados que abraçam uma ideia de se mostrarem acima da média, fazendo o possível para serem vistos como importantes e poderosos, e isso também precisa ser dosado para não acabarem pisando nas outras pessoas e sendo eles os injustos.

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A importância da terapia para a autoaceitação

Não há como voltar no tempo e mudar as experiências negativas. Mas, é totalmente possível aceitá-las como parte da sua experiência de vida e se fortalecer com o aprendizado que elas proporcionaram.

Esse exercício pode ser bastante complexo de fazer sem ajuda, por isso, contar com o auxílio de um profissional, seja um psiquiatra ou psicólogo, é a melhor solução. Esses profissionais conhecem estratégias para compreender os segredos da mente e orientar o paciente pelo caminho onde ele encontrará as próprias respostas e chegara às próprias conclusões.

Veja também: Terapia de casal: será que vale a pena fazer?

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