Farinha brasileira, uma farinha adulterada com “melhoradores”

Sabia que a farinha de trigo que você consome não é composta unicamente por trigo?

Publicidade

Seria de pensar que a farinha de trigo fosse composta, justamente, apenas por farinha de trigo. A verdade é que na farinha são misturados outros aditivos para a deixarem com um aspecto melhorado e mais apelativo. Ou seja, a farinha que habitualmente consumimos é adulterada com outras substâncias que supostamente aumentam a qualidade do produto.

Farinha de trigo adulterada com “melhoradores”

Essas substâncias chamadas de “melhoradores” aumentam o valor nutricional da farinha e alteram a sua textura. Elas são, por exemplo, a azodicarbonamida, o cloridatro de l-cisteína, o fosfato de amônio dibásico e o óxido de cálcio. Com essa classificação de “melhorados”, a lei permite que essas substâncias não sejam listadas na embalagem.

A brancura da farinha, que devia ser causada pelo processo de moagem, é provocada pelo peróxido de benzoíla. Não é uma brancura natural, como seria de pensar, mas artificial, de origem química. Claro que nem todas os produtores de farinha usam, mas como não é obrigatório informar no rótulo, fica difícil fazer a distinção. Porém, tanto as farinhas orgânicas como as artesanais estão livres desse problema.

Brasil, um país importador de trigo

O trigo consumido pela maioria dos brasileiros é importado, porque o Brasil produz muito pouco. A maioria do que acabamos consumindo é proveniente da Argentina, onde é comum o uso do pesticida glifosato, Paraguai e Uruguai.

Publicidade

É por isso que as melhores padarias e os melhores profissionais que procuram sobretudo a qualidade importam da Europa as farinhas que utilizam. Acabam preferindo as farinhas naturais e artesanais àquelas que estão cheias de químicos. Além do mais, os profissionais precisam de farinhas específicas para diversos fins, dependendo do uso culinário pretendido. A mesma farinha usada para fazer pasta fresca não é a mesma utilizada para um brioche.

Aditivos legalizados na farinha

Há uma grande variedade de aditivos legalizados que são usados na panificação. O veículo dessas substâncias é, mais uma vez, a farinha. Eles existem para aumentar a tolerância ao volume e à fermentação, para tornar o miolo mais suave e úmido, ou para que a massa possa ser trabalhada por máquinas mais facilmente.

Qual é então a vantagem de adicionar esses produtos aos alimentos? É que esses aditivos permitem que eles se conservem por mais tempo. Por isso é que os bolos se mantém por mais tempo vistosos na prateleira da padaria.

Será que há uma solução à vista para esse problema? Talvez quando a indústria puser a mão na consciência e concluir que tem de produzir produtos de qualidade para o consumidor ou, num caso mais possível, existirem leis que obriguem os rótulos virem com maior precisão e transparência sobre os componentes do produto. Isso não parece que vá acontecer naturalmente, sei que o consumidor manifeste a sua revolta.
É importante que exijamos produtos de qualidade e que não ponham a nossa saúde em risco. Só assim é possível exercer pressão de modo a que o governo e a indústria se vejam obrigados a mudar.

Publicidade

Assista a seguir o vídeo sobre a farinha:

 

O que acha disso? É correto a indústria ser autorizada a omitir informações tão importantes sobre o que tem na farinha?

Compartilhe sua opinião!

PODE GOSTAR TAMBÉM