fantasias ofensivas
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Fantasias ofensivas: saiba o que não usar no Carnaval

O Carnaval tem limites sim, e você deve usar o bom senso antes de escolher de que forma se fantasiar

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Na época de Carnaval todo mundo se sente livre para usar as fantasias mais mirabolantes, como se não houvesse limites para o bom senso. Mas há! Nem toda fantasia é divertida e você deve fazer essa breve análise antes de pensar no seu look. As fantasias ofensivas são aquelas que transmitem preconceito, pois desrespeitam a imagem de determinados grupos de pessoas.

Fantasia tem a ver com o que não é normal no dia a dia, como uma pessoa vestida de fruta ou super-heróis. Então, veja exemplos do que são as fantasias ofensivas para saber evitá-las, pois não são motivo de graça.

Veja também: dicas de maquiagem para Carnaval

Fantasias erradas de Carnaval

fantasias ofensivas não usar no carnaval
Crédito: BBC

Na hora de pensar em quais são as fantasias ofensivas de Carnaval, basta refletir em como você se sentiria se fosse o “motivo” da sua fantasia. Por exemplo: se você fosse um índio, como se sentiria ao ver alguém fantasiado de você? E se fosse um gay, uma mulher negra, uma japonesa? Ou uma pessoa que tem uma profissão desvalorizada pela sociedade, como a empregada doméstica e o gari? E de uma determinada religião? É óbvio que você não gostaria que alguém transformasse a sua vida real, a sua crença ou cultura em uma mera fantasia para tirar sarro no Carnaval.

Fantasia de indígena

A cultura indígena ainda é muito viva e também sofre muito preconceito na sociedade atual. Ela é fortemente representada nas vestimentas tradicionais dos índios, representando aspectos de suas crenças e com significados profundos e sagrados. Portanto, não é legal que uma pessoa que nada tem a ver com essa cultura coloque um traje qualquer para fazer festa.

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Fantasia de “nega maluca”

Por muito tempo a fantasia de “nega maluca” foi comum nos carnavais, porém, é obviamente uma das fantasias ofensivas, considerada apropriação cultural e racismo. Existe uma história por trás dessa fantasia chamada de black-face. Antigamente, no início dos anos 1800, homens brancos se pintavam de preto numa forma caricata com o objetivo de satirizar a população negra. Então, não tem graça.

Fantasias ofensivas de figuras religiosas

Jesus, Santos, Orixás, Monges, Maomé, são todas figuras religiosas que também fazem parte da lista de fantasias ofensivas que devem ser evitadas. Mesmo que escolha uma figura da sua religião como forma de homenageá-la, não é um bom momento para isso, visto que a festa de Carnaval do jeito que acontece nas ruas hoje em dia não é uma comemoração religiosa. O mesmo vale para as fantasias de muçulmanos.

Ciganos

Da mesma forma que não se pode satirizar e reduzir a uma fantasia toda a cultura do povo indígena, também não se pode fazer com os povos ciganos, que possuem uma cultura muito antiga e até desconhecida pela maioria das pessoas, mas que ao longo da história (até hoje) sempre sofreram preconceitos por sua fé e massacres pelos mesmo motivos.

Sexualização de profissões

Certamente você já viu em alguma festa de Carnaval uma pessoa (homem ou mulher) vestida de empregada doméstica, enfermeira ou bombeira com roupas que mais se pareciam lingeries, ou seja, de forma sexualizada. Essa certamente é uma forma ofensiva de se referir às pessoas dessas profissões.

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Fantasias ofensivas de garis

Se você for um gari e participar do Carnaval com o seu bloco de colegas de profissão, tudo bem. Mas se essa profissão não for a sua, esqueça essa “fantasia”, pois é ofensiva, já que os garis fazem parte de um grupo de profissionais que ainda são ridicularizados e humilhados por fazer o que fazem. Usar o uniforme desse profissional como fantasia é ridicularizá-lo e desrespeitá-lo.

Mendigos

Os “mendigos” são, muitas vezes, pessoas em situação de rua que não possuem condições financeiras de ter suas casas e manter um estilo de vida como gostariam, e os motivos não cabem aqui julgar. Definitivamente, não são motivo para serem “imitados” na festa de Carnaval.

Gay e homem vestido de mulher

Antigamente, quando a população LGBT não tinha a força que tem hoje, eram muito mais ridicularizados, e muitas pessoas sequer percebiam, em sã consciência, que estava mesmo os ridicularizando, pois não tinham conhecimento sobre o assunto, já que não fazia parte dos temas importantes da sociedade. Agora não tem desculpa para dizer “não quis ofender”.

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Fantasias ofensivas de gueixas

Essa é outra fantasia bastante comum nos Carnavais brasileiros, e é sabido que as pessoas que as utilizam não têm a intenção de ofender. Isso acontece porque desconhecem totalmente a cultura das gueixas e nem se preocupam em pesquisar para entender os significados de outras culturas para saber se estão ou não cometendo uma gafe. Mas estão.

Não é respeitoso usar como fantasia as vestimentas de mulheres que dedicam a vida a estudar a tradição milenar japonesa e transmiti-la através das artes. Então, a gueixa também está na lista das fantasias ofensivas. Não use.

Veja também: Unhas carnaval 2020

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