Na noite no dia 29 de julho, uma jovem de 18 anos perdeu o bebê que estava esperando e precisou passar por um parto induzido. O que ela e a família não esperavam era que, no dia seguinte, ao velarem o corpo, encontrassem apenas serragem no caixão que lhes foi entregue.
O que era para ser um velório aconteceu em Imbaú, interior do estado do Paraná, e deixou a família desesperada.
De acordo com Débora Santos, advogada e tia da jovem que perdeu seu bebê ainda no ventre, com 24 semanas de gestação, o parto induzido para a retirada do feto ocorreu no Hospital Geral da Unimed, em Ponta Grossa.
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A mãe passou a madrugada na unidade de saúde particular, sendo liberada ao longo de sábado.
No mesmo dia, por volta das 11h, Débora conta que a família chegou ao necrotério do hospital para pegar o corpo da criança com a intenção de velá-lo, recebendo um invólucro no qual deveria estar o feto.
Em nota, a unidade confirmou que “equivocadamente, o corpo não foi retirado” e que está prestando esclarecimentos aos órgãos competentes sobre o caso.
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“A família veio retirar o corpo junto com uma funerária de Imbaú para preparar o corpo. No necrotério, um funcionário de hospital mostrou o pacote lacrado, mas a avó da criança decidiu que iria olhar o corpo somente ao lado dos pais na funerária. O pacote foi colocado no caixão, porém chegando lá, só tinha serragem dentro do que foi entregue”, relatou a advogada.
Débora conta que os parentes entraram em desespero e decidiram retornar às pressas até a Unimed Ponta Grossa para pegar o corpo da criança. A família afirma que esperou pelo corpo “durante uma hora”.
“O que eles queriam fazer com esse corpo? Por que entregaram serragem no lugar do corpo? É muito sofrida toda essa situação. Entregaram o corpo como se nada tivesse acontecido. O que é isso? Paciência, né? Isso é crime”, disse Débora.
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O caso foi registrado pela advogada em um boletim de ocorrência contra o hospital como subtração de cadáver.
Em nota ao UOL, a Unimed Ponta Grossa informou que “revisitou todas as etapas do protocolo de óbito da instituição”, o que “confirmou que o corpo foi devidamente identificado no centro cirúrgico e encaminhado diretamente ao necrotério do hospital, aguardando a retirada pela funerária”.
“A instituição disponibilizou o acesso ao necrotério para o agente funerário, que realizou os processos acompanhado por dois familiares do bebê e assinou o protocolo de retirada do corpo. Mais tarde, o hospital recebeu a informação de que o corpo não havia sido levado pela funerária. Equivocadamente, o corpo não foi retirado, permanecendo no necrotério até o fim da tarde quando, após o desfecho do caso, foi levado pela funerária para a família”, afirma a nota.
Fonte: UOL