Já falamos aqui, em outra matéria, que cientistas estão descobrindo formas cada vez mais eficientes de produzir carne sem sacrifício animal. A chamada agricultura celular está evoluindo e, hoje, vamos falar da maior fábrica de carne cultivada do mundo.
A startup israelense Believer Meats está construindo a maior fábrica de carne cultivada do mundo, em Wilson, no estado da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.
A fábrica de carne sem sacrifício animal terá mais de 18 mil metros quadrados de área construída para produzir seu produto sem a necessidade de abater um único animal.
“Queremos estabelecer um padrão global para possibilitar que as gerações futuras comam e desfrutem da carne sem precisar sacrificar outros seres vivos”, disse a CEO da Believer Meats, Nicole Johnson-Hoffman, em um comunicado à imprensa.
E se você está se perguntando se a carne é de verdade, a resposta é sim. Mas, ela é produzida de um jeito diferente, sem precisar matar animais, já que é feita em laboratório utilizando apenas células dos músculos de animais que não vão sofrer para isso.
Depois de extrair as células dos animais, estas células recebem substâncias para se desenvolverem e são colocadas em uma máquina chamada biorreator, que fornece as condições ideais para que se multipliquem.
Com essa revolução na forma de consumir carne sem sacrifício animal, muita coisa vai mudar, sobretudo a produção de animais em grande escala por fazendas e fábricas, que num futuro próximo deixarão de existir, sendo substituídas pelas fábricas de carne celular.
O objetivo da Believer Meats é ter autorização para vender diretamente para o consumidor final, o que ainda não é permitido, apenas a venda para supermercados e outras empresas que levam o produto ao consumidor final.
“O futuro dos alimentos começa com o que fazemos hoje e estamos no caminho para criar a mudança que buscamos. Por meio da acessibilidade e disponibilidade, queremos que nossos produtos se tornem a carne preferida globalmente e, com nossa nova unidade de produção, estamos caminhando para isso”, encerrou Nicole Johnson-Hoffman.