O golpe das fotos íntimas não é novo. Uma pessoa entra em contato dizendo que tem várias fotos suas e ameaça divulgá-las na internet, caso você não pague a quantia pedida.
Hoje em dia, com tantas tecnologias, praticar esse crime de extorsão virtual está mais fácil para quem tem algum conhecimento no assunto. É o caso do técnico em informática Matheus Fernandes Alves, de 27 anos.
A Polícia Civil do Ceará prendeu Matheus no dia 8 de abril de 2022, após usar aparelhos de celulares de clientes para criar contas falsas e praticar extorsão com mulheres, alegando ter fotos íntimas delas.
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Polícia explicou sobre este golpe das fotos íntimas
Em uma coletiva de imprensa, na tarde do dia 12 de abril, a polícia deu informações mais detalhadas sobre o caso.
A estimativa é de que cerca de 400 mulheres tenham sido chantageadas por Matheus Fernandes Alves. Uma das vítimas fazia transferências mensais de R$ 200 para o suspeito há mais de um ano.
Segundo o delegado geral adjunto da PC-CE, Márcio Gutiérrez, a polícia começou a investigar o caso em 2020, quando uma mulher na cidade de Quixadá, no interior do estado, abriu um Boletim de Ocorrência informando que um desconhecido a abordou no Instagram falando que tinha fotos íntimas dela.
“Ele disse que se ela não pagasse, ele ia divulgar essa foto e marcar o nome dela em todas as redes sociais”, afirmou o delegado responsável pela investigação, Marcos Renato, em coletiva de imprensa.
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Segundo ele, o suspeito dizia que tinha “hackeado” a conta das vítimas a pedido de terceiros e tentava persuadi-las a mandar fotos íntimas para poder continuar as extorsões.
“Ele dizia que poderia deixar para lá se ela se despisse para ele para poder saciar o desejo sexual dele. Só que na verdade, o que se verificou posteriormente, foi que assim que ele conseguisse esse vídeo, ele começava a chantagear”, afirmou.
As investigações
A polícia conseguiu chegar ao suspeito depois de muitas investigações em grupos de WhatsApp e análises de IP’s dos aparelhos que abordavam as vítimas.
Matheus usava os números de telefone dos próprios parentes para aplicar os golpes e tinha um programa de computador para disparar mensagens em massa para as mulheres.
Quando foi preso, Matheus negou o caso e disse que “preferia morrer do que passar as senhas dele”. Mas, quando percebeu que não tinha outra saída porque seria preso de qualquer maneira, resolveu colaborar.
Entre os crimes pelos quais o homem pode responder estão extorsão, uso de identidade falsa, estupro virtual e uma possível lavagem de dinheiro.
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Fonte: UOL