Desde o ensino médio, Sylwia Tabor parou de comer carne e passou a adotar uma postura de vida vegana, porém sem orientação. Um documentário mostrando o sofrimento e maus tratos na indústria da carne foi o que a motivou a mudar.
Desde então, se tornou firme em seu propósito de não comer carne. A sua questão era ética, pois ela realmente gostava do sabor. Tinha vezes que precisava sair da cozinha, por causa do cheiro dos bifes fritando, e chegou a sonhar que comia carne crua!
Depois de um tempo, seu corpo foi apresentando reações adversas à sua dieta. Ela desenvolveu alergia a oleaginosas, comendo somente frutas e legumes. Depois até a frutose passou a deixar seus dentes sensíveis. Ela chegou a estar com os níveis de cálcio tão baixos, que fraturou três costelas apenas por carregar uma caixa.
O que houve
Durante um acampamento em Michigan (EUA), ela sentiu uma picada um pouco acima do tornozelo esquerdo e espantou uma aranha, mas não imaginava o quanto isso mudaria sua vida.
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Era um inseto marrom e, em pouco tempo, o que era somente um pontinho vermelho já estava do tamanho da sua mão. Preocupada, ela foi ao hospital, onde foi diagnosticada com fasciíte necrosante.
Essa doença é causada por uma bactéria que se alimenta da carne do hospedeiro, podendo causar consequências severas para o paciente. Por causa disso, ela teve que passar por uma cirurgia de mais de três horas para poder retirar toda a região afetada, além de se tratar com muitos medicamentos fortes, incluindo antibióticos.
Porém, seu trato digestivo não estava acostumado, estando sempre sensível, assim como todo o corpo. Como ela adotou a dieta vegana, sem orientação ou conhecimento, lhe faltavam muitos nutrientes.
Sua recuperação foi lenta e dolorosa, com graves problemas gastrointestinais, já que sua flora intestinal também sofreu com os remédios ingeridos, eliminando assim todas as bactérias, inclusive as boas.
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Como ela voltou a comer carne
Sylwia voltou a comer carne por causa de uma brincadeira de um amigo, que disse que ela deveria se tornar carnívora, ao invés de vegana. E foi exatamente o que ela fez. Parou de comer qualquer tipo de vegetal e se alimenta hoje somente de carne, com uma pitada de sal, e nada mais.
Para lidar bem com a questão ética, ela compra sua carne de um produtor local, que trata bem a criação e dá uma morte mais digna ao rebanho, a fim de suprir a demanda local.
Depois de um longo período pós-tratamento, se sentindo fraca e passando mal, ela comeu o primeiro pedaço de carne e passou a se sentir melhor rapidamente. De acordo com ela, “quanto mais eu observava, mais eu descobria que comer carne é a maneira mais eficiente de absorver nutrientes, muito mais do que quando você adiciona carboidratos e vegetais à mistura”.
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Então Sylwia passou de vegana para carnívora, o que também preocupa a família, que não consegue fazê-la mudar de ideia.
Lembre-se que qualquer mudança na dieta deve ser acompanhada por um nutricionista e que restrições alimentares só devem existir em caso de necessidade de saúde. O ideal é ter uma alimentação balanceada e rica em diversidade de nutrientes.