Marina Aguiar descobriu que tinha leucemia aos 18 anos de idade, época em que tinha sido aprovada no vestibular de odontologia, em 2006.
Os primeiros sintomas foram as dores nas pernas. Depois, anemia, palidez e cansaço. Foram quatro meses investigando a causa para se chegar ao diagnóstico definitivo de Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), um dos tipos mais comuns em crianças.
“Por causa disso, a gente fala que é a leucemia com o pior diagnóstico. Passa da faixa etária em que ela tem uma porcentagem maior de cura”, explica a ex-paciente.
Veja também: Criança é curada de leucemia após receber terapia inovadora
O tratamento recomendado foi a quimioterapia, mas não resultou como o esperado. Então, de acordo com os médicos que estavam tratando Marina, sua única esperança seria um transplante de medula óssea.
Apesar de toda a campanha que fez para encontrar um doador 100% compatível, a pessoa certa não apareceu. Os pais de Marina até engravidaram de gêmeos, mas, nenhum deles era compatível com a irmã.
Continuando a quimioterapia, foi quando Marina sentiu vontade de estudar medicina para poder ajudar pacientes na mesma situação que a dela.
Mesmo fazendo um bom tempo que ela não estudava os assuntos exigidos no vestibular de medicina, Marina passou. Para ela, foi um milagre.
Mas, milagre mesmo veio depois, quando ela fez um novo mielograma, exame de avaliação da medula óssea. Naquele exame não foi detectada a presença de células cancerosas. Sua última quimioterapia foi no dia 1º de abril de 2007: data do seu “renascimento”.
“Eu pensei: ‘Essa vai ser a data do meu renascimento. Apesar da medicina ainda não me considerar curada, eu vou comemorar a minha cura a cada ano que for passando’. Passou um, dois, três, quatro, cinco, seis anos sem leucemia. Até que chegou o dia da minha formatura de medicina”, recorda.
Depois de formada, Marina começou sua residência em hematologia, no hospital onde foi curada e também onde trabalha atualmente.
“Prometi que eu não voltaria mais como paciente, mas como médica. Fiz a residência exatamente no ano em que completei dez anos do meu renascimento. Todos no hospital me conheciam”, contou ela.
Depois da residência, Marina passou um ano estudando transplante de medula óssea no Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Rio de Janeiro.
No vídeo abaixo, a médica também fala sobre os diferentes tipos de leucemia, conscientiza sobre a importância de uma rede de apoio para o paciente oncológico e faz um convite para você se tornar doador de medula óssea. Assista:
Fonte: Razões Para Acreditar