Ao término do período de visitas da Colônia Agrícola Penal Major César de Oliveira, no Piauí, os guardas perceberam que um visitante não havia saído da cadeia.
Ao fazerem a revista em todas as celas, eles encontraram um menino de 11 anos, sem camisa, escondido embaixo da cama de um preso acusado de estupro de vulnerável (contra menores de 14 anos).
O preso, José Ribamar Pereira Lima, está detido desde outubro de 2015, acusado de pedofilia e estupro de um menor de 14 anos.
Sem entender como a criança foi parar na cela do prisioneiro, os policiais investigaram e descobriram que a criança entrou no presidio com os pais, que admitiram serem amigos do preso e que deixaram a criança dormir com ele até voltarem na próxima visita.
O menino relatou aos agentes que o tiraram da cela que teve as partes íntimas tocadas pelo preso. Ele foi submetido a um exame de corpo e delito, que constatou que ele não chegou a ser violentado.
O casal (pais da criança) recebeu ordem de prisão, prestou depoimento e foi liberado. A criança voltou para a casa dos pais, e o caso está sob investigação pela Central de Flagrantes de Teresina.
A visita de crianças nos pavilhões dos presídios é proibida pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, e para aquelas que visitam os pais que estão presos, devem ter autorização da justiça e horário prédeterminado pela cadeia onde o preso se encontra.
No caso da Colônia Agrícola Penal Major César de Oliveira, que não possui brinquedoteca para receber as crianças, as visitas são feitas na capela, porém a secretaria não foi capaz de informar como esse menino teve acesso aos pavilhões e à cela do preso.
Esse caso já foi comunicado à Vara de Execuções Penais, para que seja investigado e para que providências sejam tomadas.
Fonte: UOL
